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terça-feira, 14 maio, 2024

Pai diz que filho foi impedido de frequentar aula por defender Bolsonaro

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Um pai de aluno de uma escola municipal de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) registrou um boletim de ocorrência onde afirma que seu filho, de 12 anos, foi impedido por um professor de História de frequentar as aulas depois de defender o presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante um debate em sala de aula.

De acordo com o pai do estudante, o fato ocorreu por volta das 16h de ontem na escola municipal Professora Neuza Michelutti Marzola. A Secretaria de Educação da cidade informou que apura o caso. O professor não foi localizado para comentar o caso.

“Meu filho estava conversando com uma colega de sala sobre o governo Bolsonaro. A menina disse que o Brasil era melhor na época do PT e meu filho disse que o presidente acabou de assumir e não tinha culpa pela situação do país. O professor ouviu, se aproximou e, falando com a amiga do meu filho, disse para que ela mandasse meu filho calar a boca”, disse.

O professor teria então conversado sobre o assunto com os dois alunos. Segundo relato do menor, entretanto, o professor continuou o assunto em sala de aula, perguntando aos outros estudantes se eles concordavam com a opinião da menina, de que o Brasil era melhor na época do PT.

“Depois da enquete, ele disse ao meu filho que, só por citar o nome do Bolsonaro ele estava proibido de assistir as próximas aulas dele”, contou o pai.

Ele informou que entregou pessoalmente o boletim de ocorrência para o secretário de Educação da cidade, Felipe Miguel. “Espero que ele seja afastado das suas funções. E que vá para Cuba ou Venezuela”, disse o pai.

Professor diz já ter trabalhado para o PT

O professor foi procurado pelas redes sociais mas preferiu não se manifestar. Na escola, foi informado que o professor não se encontrava e que a orientação era que ninguém comentasse o caso. As tentativas pelo celular também não obtiveram êxito e caíram na caixa postal. Em sua página nas redes sociais, entretanto, ele afirma já ter trabalhado para o Partido dos Trabalhadores.

Segundo apurado, o professor de História já foi assessor do ex-ministro petista Antônio Palocci Filho na Assembleia Estadual de São Paulo, na década de 1990.

Secretaria diz que caso será investigado

Procurada, a direção da escola informou que “serão tomadas as providências para que o aluno tenha seus direitos preservados”. Até o momento, não há determinação para que ele seja afastado de suas atividades, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto.

A Secretaria de Educação de Ribeirão, por sua vez, informou que “a pasta já iniciou, junto à unidade escolar, a apuração da denúncia realizada pelo aluno”.

A secretaria ressaltou, ainda, “importância de que a escola seja um espaço aberto ao diálogo, à pluralidade e ao respeito às individualidades. Dessa forma, a secretaria de Educação procederá para que esse e outros conflitos sejam abordados, considerando esses pilares da democracia”.

Questionado, o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto informou que “a direção está em busca de mais informações sobre o caso”, e que ainda não conseguiu falar com o professor, mas que irá “respaldar o profissional com o jurídico, com o intuito de esclarecer os fatos e resolver a situação.

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