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terça-feira, 14 maio, 2024

Por que o AVC é uma das principais causas de morte no Brasil?

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Com apenas 52 anos, o ator Luke Perry, que ficou conhecido por sua participação na série “Barrados no Baile”, morreu nesta segunda-feira (4). Ele sofreu um AVC no dia 27 de fevereiro e estava em coma induzido para tentar se recuperar.

O acidente não é algo incomum, popularmente conhecido como derrame, o AVC está entre as principais causas de morte no mundo. Os dados abaixo, confirmam a preocupação das autoridades de saúde:

A Organização Mundial de AVC prevê que uma em cada seis pessoas terá o problema ao longo da vida;

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada 5 minutos uma pessoa falece em decorrência da doença, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano;

Além disso, o acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte no país, e a principal causa de incapacidade no mundo.

O quadro se dá quando há morte de células do cérebro pela interrupção do fluxo sanguíneo no órgão.

Essa falta de circulação do sangue pode ocorrer de duas maneiras:

AVC hemorrágico: quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue na região e interrompendo o fluxo sanguíneo apropriado.

AVC isquêmico: pode acontecer quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai “matando” as células que não recebem nutrição.

Sintomas

Os sintomas são iguais para homens e mulheres. Alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, incoordenação ou incapacidade de movimentar uma parte do corpo –geralmente braço e perna de um lado só do corpo –, e dormência na face, braço ou perna estão entre os sinais mais marcantes da doença.

Além disso, o paciente pode sofrer com:

  • Dificuldade na fala, conversando de forma devagar e confusa;
  • Alterações sensitivas, como cegueira;
  • Mudanças nos níveis de consciência, sonolência e confusão mental;
  • Dor de cabeça repentina;
  • Aumento de pressão intracraniana;
  • Náuseas e vômitos.

Se você está com alguma dúvida momentânea se alguém pode estar com AVC ou não, existem algumas respostas simples e imediatas, que segue a sigla do SAMU, sendo:

S de sorriso, peça para a pessoa tentar sorrir, em casos de AVC só é possível abrir a boca com um lado, fica um sorriso torto e é fácil identificar que há algo errado;

A de abraço, quem sofre um AVC costuma ter fraqueza em um dos lados do corpo e não consegue levantar ambos os braços para abraçar outra pessoa;

M de música, como a fala e coerência ficam comprometidas, o paciente não consegue cantar;

U de urgência, se todos os testes foram positivos, chame ajuda imediatamente.

O AVC ocorre de forma súbita, aos primeiros sintomas é necessário procurar atendimento médico imediato, para um diagnóstico rápido, tratamento agudo, encaminhamento para uma reabilitação e acompanhamento multidisciplinar para amenizar sequelas.

  • Causas e fatores de risco
  • Existem fatores de riscos modificáveis:
  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • Colesterol alto;
  • Tabagismo;
  • Uso de drogas;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Estresse.

Como evitar

Obviamente, a melhor forma de driblar um derrame é evitar os fatores de risco modificáveis. “Mas você pode ter um AVC mesmo assim. Porém, é importante deixar claro que em cerca de 80% dos casos a pessoa poderia ter feito algo para mudar o desfecho.

Você precisa fazer atividade física, controlar seu peso, gordura abdominal e a pressão arterial, reduzir o colesterol, não abusar do álcool, evitar o estresse, não fumar e fazer acompanhamento médico,” disse Letícia Januzi, neurologista vascular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas.

A neurologista vascular Andrea Almeida, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, afirma que controlar alguns fatores pode diminuir muito os casos.

“Há um aumento de 50% a 54% no risco de AVC se você tem hipertensão. Então, veja o tamanho do benefício de você controlar sua pressão. O diabetes pode aumentar a probabilidade de AVC em 13%, o estresse em 23%. É necessário se cuidar,” concluiu Almeida.

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