Antes de começar meus cursos e treinamentos, sempre procuro passar uma mensagem de reflexão para os meus trainees:
“Se você não mudar a forma como se comunica, não vai conseguir mudar ninguém”.
Sempre precisamos nos aprimorar e principalmente, nos colocar, na medida do possível, no lugar do outro.
E isto não significa dizer que devamos dar razão para tudo o que o outro faz ou ficarmos calados diante daquilo que consideramos injustiça.
No entanto, percebemos que o que falta nos dias de hoje é ponderação: não precisamos concordar com tudo. Todavia, discordar de tudo nos torna antipáticos e antissociais.
Temos uma sociedade muito polarizada – eu estou certo, você está errado e ponto final – onde cada um pensa mais no próprio umbigo no que pode contribuir para que haja consenso.
Pode parecer exagero, mas a comunicação se tornou cada vez mais agressiva em que cada um procura ter mais razão do que bons argumentos. Não importa o tema, não importa a conversa e o que se tem que fazer valer é a própria opinião, mesmo que esta opinião não passe de uma mera demonstração de ignorância sobre determinado fato.
Atrelado a isso vem o egoísmo, a egolatria e a cultura do que é meu é melhor e o melhor deveria vir só para mim.
E temos exemplos clássicos disso vindo de várias partes da sociedade: nos nossos grupos pelas redes sociais, nas reivindicações por direitos e nos altos setores do governo. Nem preciso citar por aqui porque você vai se lembrar de vários casos. Farinha pouca, meu pirão primeiro, como dizia o ditado.
Está aberta a temporada da comunicação para o próprio umbigo. Uma comunicação onde cada um acha que o universo tem uma órbita bem particular e individual.
Para quem você está comunicando? Para você mesmo?
É isso.