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quinta-feira, 16 maio, 2024

Máquina de radioterapia quebra e deixa pacientes sem tratamento em Jundiaí

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Os pacientes que fazem tratamento contra o câncer estão sem radioterapia no Hospital São Vicente, em Jundiaí. A máquina utilizada no procedimento quebrou pela segunda vez em pouco mais de dois meses.

Segundo alguns pacientes, o tratamento tem sido interrompido várias vezes por problema no aparelho, que é o único equipamento disponível na cidade.

Há pouco mais de um ano a engenheira civil Daniela Ferreira foi diagnosticada com câncer de mama. Depois das sessões de quimioterapia, ela precisou retirar parte da mama em setembro.

Para finalizar o tratamento, Daniela conta que precisava fazer sessões de radioterapia, que deveriam começar até novembro do ano passado, mas, por um problema na máquina, o tratamento começou só em janeiro. O problema é que, na semana passada, o tratamento precisou ser suspenso.

“A máquina ficou dois meses parada. Quando eu comecei o tratamento, na verdade eu fiz 12 sessões e, quando fui fazer a 13ª, já deu problema”, conta.

Já a dona de casa Gabriela Martins dos Santos Cardoso está desde dezembro esperando o início da radioterapia. Ela tem câncer no reto e começou o tratamento quimioterápico em setembro. Depois de quatro sessões, a quinta deveria ser acompanhada também da radioterapia, mas até agora o tratamento está suspenso.

“A gente não sabe como está dentro da gente, a gente não tem comando e fica realmente preocupada. Agora tem que esperar a vontade deles e não sou só eu, tem muita gente que precisa e a gente fica preocupado com a situação”, explica.

Em novembro, o equipamento utilizado para o tratamento de pacientes em radioterapia já tinha apresentado problemas, precisou passar por uma manutenção que não estava prevista e, por isso, chegou a ficar até o fim de dezembro sem funcionar. Agora, mais uma vez, a mesma máquina voltou a apresentar defeito.

O diretor técnico do hospital, Izandro Regis de Brito Santos, explicou que o problema que o equipamento apresentou na semana passada é diferente daquele de novembro. Dessa vez, a questão é um ajuste. Já há dois meses foi preciso importar a peça que apresentou defeito, por isso a máquina ficou um tempo sem funcionar.

“A máquina apresentou na quinta-feira alguns travamentos. Os técnicos identificaram isso como sendo um problema de placa. Por uma questão de segurança, foi necessário parar o funcionamento da máquina até que seja feito um diagnóstico mais adequado e o conserto do aparelho. A previsão é que essa semana mesmo a máquina volte a funcionar e os trabalhos também se normalizem”, comenta.

O Hospital São Vicente disse que Gabriela está na fila de espera para o atendimento, mas, assim que a máquina voltar a funcionar, o tratamento será iniciado. A unidade acrescentou ainda que os dias de tratamento interrompidos serão acrescentados no final.

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