Desde que a Prefeitura de Itatiba resolveu comprar alface por preço acima do mercado, instaurou-se a desconfiança sobre a lisura do negócio na cidade. Segundo documento público, a alface destinada à merenda escolar custou à Prefeitura R$ 12 cada pé. Por causa dessa desconfiança, a Câmara instalou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), hoje conhecida como CEI da Alface.
A CEI, presidida pelo vereador Thomás Capeletto, já ouviu o Conselho de Alimentação, o secretário de Educação, Anderson Wilker Sanfins, uma nutricionista e alguns produtores. Na quarta-feira próxima (7) vai ouvir os responsáveis pelo transporte da hortaliça. O que está pesando é o depoimento dos produtores.
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Eles entregam a alface por R$ 1,50 cada pé. A Prefeitura paga R$ 12 – oito vezes mais. Entre as desculpas da Prefeitura estão o custo do transporte – coisa que será esclarecida na próxima quarta-feira. Outra desculpa é que, por ser orgânica, há um aumento de 30%. E a melhor delas é que são precisos dois ou três pés de alface para formar um quilo. Mas a compra foi por unidade.
Mesmo que fossem precisos três pés de alface, como afirma a Prefeitura, o preço continua nas alturas: R$ 4,50 o quilo. Acrescentando-se R$ 4,50 a título de transporte o custo chega a R$ 9. E transportar alface a R$ 4,50 por quilo é o frete dos sonhos. Dúvidas à parte, a CEI deve ser concluída até 13 de dezembro. Se tiver mutreta, seu resultado será encaminhado ao Ministério Público. Pode-se até afirmar que já está a caminho do MP.
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