22.8 C
Jundiaí
segunda-feira, 29 abril, 2024

Herança de Bigardi: uma prefeitura quase quebrada

spot_img

São quase 150 dias de governo, mas a bagunça estava tanta que ainda tem fornecedor recebendo atrasados de 2016
Quando Pedro Bigardi deixou a Prefeitura em dezembro de 2016, havia uma situação tornada pública. Em janeiro, quando LFM assumiu e colocou seus auxiliares para trabalhar, constatou-se que a história não era bem aquela. A bagunça era grande, e o administrador José Antonio Parimoschi foi escolhido para colocar ordem na casa.
Cinco meses depois, nem tudo está resolvido. “Recebemos uma dívida de R$ 92 milhões e uma série de cobranças de pagamentos que deveriam ter sido feitos até 31 de dezembro passado”, explica Parimoschi. Como ficar chorando não adianta nada, Parimoschi tratou de negociar e parcelar os pagamentos atrasados. Segurou o dinheiro – e continua segurando – mas sem atrapalhar o funcionamento dos serviços.
“Demos prioridade para pagar salários e vale-alimentação dos funcionários, além dos convênios que garantem o funcionamento dos hospitais São Vicente e Universitário, continua Parimoschi. Além disso, todas as unidades estão revisando contratos para ficarem adequados ao orçamento disponível”.
Revisão é uma coisa, mas falta de pagamento é outra. Muita coisa ficou para trás, como compra de medicamentos, materiais para a Saúde dentre outras, que precisaram de quitação imediata – caso não fossem pagos, os fornecedores deixariam de entregar, o que significava parar tudo.
A irresponsabilidade foi longe. Logo em janeiro, a Prefeitura precisou usar R$ 19 milhões do Orçamento deste ano para pagar as férias dos professores, coisa que deveria estar no Orçamento do ano passado. Com o dinheiro usado, ficou impossível contratar novos professores para cobrir faltas, principalmente no EJA.
Orçamento foi outro problema. Bigardi havia superestimado a receita. Havia previsão de crescimento de 10% na arrecadação. Furo n´agua – até março descobriu-se que R$ 80 milhões não existiam. Agora está em fase a reorganização do Orçamento. “Ele está desestruturado por políticas erráticas da administração anterior”, explica Parimoschi.
Voltando às dívidas. Quase todas já foram negociadas e estão sendo pagas – três mil credores vão receber o que é seu até julho. E saindo das dívidas – para consertar o estrago está sendo implantado o Programa Desperdício Zero. No programa, tudo vai ser monitorado e corrigido a tempo, caso haja falhas.
Até o site da Prefeitura, onde está também o Portal da Transparência, precisou ser modificado. “Havia muitos dados desorganizados e desatualizados, diz Parimoschi. O portal da Transparência está sendo gradativamente atualizado e passa a ser responsivo, podendo ser acessado em diversos formatos, inclusive pelo celular, para facilitar o seu acesso pelo cidadão”.
E como transparência é a palavra de ordem, a Prefeitura vai implantar o Conselho Municipal da Transparência, criado por lei em 2011 mas que nunca havia sido colocado em prática. É de perder o sono.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas