Gerson: Trabalhador tem fome de Justiça

Na última quarta (24), o ex-vereador Gerson Sartori, hoje diretor do Sindicato dos Alimentícios de Jundiaí e Região, promoveu reunião com lideranças trabalhistas para discutir a crise atual, que segundo ele, não mais separa partidos ou “coxinhas e mortadelas”. Para ele, o que todos têm agora é fome de Justiça.
“Temos um governo denunciado com fitas, malas de dinheiro, delações, e por isso não tem condições morais nem éticas para propor qualquer tipo de reforma, diz ele. Não só o governo, mas também o Congresso Nacional. Basta ver o número de senadores e deputados envolvidos em escândalos de corrupção”.
Gerson é frontalmente contrário às reformas trabalhista, da Previdência e à Lei da Terceirização. “Em 2014, não vi nem ouvi candidatos a deputado ou senador afirmando que o trabalhador só se aposentaria quando morresse, afirma Gerson. Não ouvi nenhum candidato dizendo que iria terceirizar todas as funções ou que iria aumentar a jornada de trabalho. E isso num país com 14 milhões de desempregados”.
Quanto à Previdência, Gerson é mais enfático. “Se os banqueiros pagassem suas dívidas resolvia o problema da Previdência”, diz ele. Ele também defende a realização de eleições diretas agora. “Precisamos ouvir a sabedoria popular, afirma. Precisamos de eleições diretas já, para presidente e para o Congresso, no mínimo”.
Gerson defende também uma reforma sindical. “Muita gente critica o imposto sindical, mas se for para reformar, que haja um projeto específico para isso, afirma. Defendo uma reforma sindical, pois somente os bons e atuantes sindicatos sobreviverão. Certamente haverá diminuição do número de sindicatos. O imposto sindical é o bode expiatório colocado pelo governo, nada mais que isso”.
Por fim, Gerson enfatizou a importância da reflexão nas reformas que estão propostas ou em andamento. “Precisamos intensificar a reflexão, mas podemos afirmar tranquilamente que o trabalhador tem fome de Justiça”, finalizou.