Aprillanti afirma que foco é continuar deputado estadual

Júnior Aprillanti completa quatro meses na Assembléia Legislativa e diz que vai tentar a reeleição em 2018
José Roberto Aprillanti Júnior vem de uma família de tradição na política de Várzea Paulista. O avô, João Aprillanti, foi um dos emancipadores da cidade e seu primeiro prefeito. Na época não havia reeleição, e João foi sucedido por Armando Dias, que foi sucedido pelo pai de Júnior, José Roberto.
Júnior também foi vice-prefeito de 2005 e 2008, época em que acumulou mais duas secretarias. Já tentou ser prefeito – no ano passado ficou em segundo lugar. Como era suplente de deputado estadual pelo PCdoB, assumiu a cadeira no dia 1º de janeiro deste ano. Nesse intervalo, mudou de partido e já não corre o risco de perder o mandato, coisa que o PCdoB pretendia com ação na Justiça.
“Houve duas janelas para troca de partido – explica Júnior. A primeira era constitucional, e a segunda produto da reforma. Eu mudei para o PSB na janela constitucional, e nessa ação do PCdoB o Ministério Público já se pronunciou como sendo uma ação improcedente”.
O primeiro mês (recesso da Assembléia) foi de contatos e familiarização. Visitou prefeitos, câmaras de vereadores e procurou saber quais eram os maiores problemas de cada cidade da região. “A maior demanda é na área de Saúde, diz ele. Todos se queixam, e com razão. Procurei o secretário estadual de Saúde, o David Uip, e ele concordou que há problemas”.
Um dos problemas, segundo ele, é a superlotação do Hospital São Vicente. Outro, o aproveitamento abaixo do normal do Hospital Regional. “O São Vicente atende toda a região, não só Jundiaí. Mas se o Hospital Regional funcionasse em plena capacidade, teríamos boa parte do problema resolvida. Falei isso ao David Uip, e estamos estudando uma forma de colocar mais pessoal no Regional”.
Júnior não se considera um deputado de Várzea Paulista. “A maior parte dos votos veio da região, mas hoje sou deputado de 645 cidades do Estado de São Paulo”, afirma. Também não projeta futura candidatura a prefeito. “Meu foco agora é fazer um bom trabalho como deputado estadual – diz ele – para tentar a reeleição no próximo ano. Prefeitura é outra história. Não está descartada, mas acho que estou me dando bem como deputado”.
O fato da classe política estar desacreditada por causa dos escândalos nacionais, é uma preocupação. “Acredito que nas próximas eleições o número de votos nulos e brancos, mais as abstenções, serão maiores que em eleições anteriores, afirma ele. E ainda há a preocupação dos partidos com a cláusula de barreira, que deverá vir com a reforma política”.
Nesses quatro meses, Júnior apresentou mais de 120 indicações e requerimentos e seis projetos de lei. Num deles, dá o nome do ex-prefeito Ary Fossen ao complexo viário que se forma no km 56 da Via Anhanguera, onde estão sendo construídas as alças de acesso para a avenida Nove de Julho.
Noutro, dá nome do fundador da Astra, engenheiro Francisco Oliva, ao viaduto da Anhanguera que parte da avenida Osmundo dos Santos Pelegrini. Júnior também quer que Várzea Paulista seja classificada como município de interesse turístico; há ainda projeto para ampliar a Área de Proteção Ambiental (APA) de Jundiaí, e outro para instalação de brinquedos próprios a crianças com algum tipo de deficiência em parques públicos.