A partir de abril deve passar a valer uma nova tabela de preços de medicamentos. Mas já se sabe que a estimativa da Interfarma é que o aumento será de 4,76%, o mesmo número do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação.
O aumento não se dá por índice fixo, mas variando por produto. A taxa dos produtos com maior concorrência tem índice menor de reajuste, e para os mais inovadores o aumento é maior. Mas qual o impacto dos preços para os consumidores na hora de comprar esses produtos? Muito grande, como comprova pesquisa do IFEPEC
O fato do consumidor dar prioridade ao preço na hora de comprar medicamentos foi comprovado por meio da pesquisa Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC). Segundo os resultados, 45% dos consumidores trocam os que procuravam por genéricos ou similares de menor preço; a quase totalidade desses clientes buscava economia.
Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias, 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificaram parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.
Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço. A pesquisa também demonstrou a força que os medicamentos genéricos estão obtendo no mercado, sendo que 37% dos consumidores adquiriram medicamentos dessa modalidade, 32% compraram os de marcas e 31% compraram dos ambos os tipos.
A pesquisa foi realizada com 4 mil consumidores de todo o Brasil, no momento em que saíam das farmácias nas quais efetuaram a compra.