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segunda-feira, 29 abril, 2024

Escrito nas estrelas: estádio do Paulista será leiloado

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Time chegou ao fundo do poço e pode perder seu estádio por causa de processos trabalhistas de ex-jogadores e funcionários
Pouco mais de 108 anos após sua fundação, o Paulista FC chegou ao fundo do poço e nele ficou atolado. Com dívidas trabalhistas, sem patrocínios significantes e desacreditado pela própria torcida, o Paulista poderá perder seu estádio no próximo dia 27, em leilão marcado pela Justiça do Trabalho de Campinas.
Os problemas do Paulista não começaram na semana passada, estão rondando-o há muitos anos. Depois da Copa do Brasil, conquistada em 2005, o Paulista nunca mais foi o mesmo. Despencou como bigorna e disputa as séries inferiores do Campeonato Paulista. No Brasileiro, nem série mais tem.
O edital do leilão foi publicado domingo na Folha de São Paulo. A atual diretoria foi pega de surpresa, e no início da semana tentava negociar a pendenga. Antes já acontecera uma negociação – por causa de dívidas, a Justiça de Jundiaí havia aceito um acordo. O Paulista pagaria R$ 1 milhão por mês. O dinheiro viria dos direitos de transmissão da TV.
Como o Paulista despencou, a TV parou de transmitir seus jogos, e sem esse dinheiro nada de pagamentos. Alertas sobre os perigos já haviam sido emitidos há tempos. Chegou-se a formar um grupo, o Novo Paulista, que não foi em frente por falta de apoio.
Em dezembro de 2015, por exemplo, o Jundiaí Notícias publicou uma entrevista com Luiz Roberto Raymundo, o Pitico, diretor do clube. Nela, Pitico era claro – ou entrava dinheiro para resolver os problemas ou o Paulista fechava as portas. A entrevista foi alvo de questionamentos, que só cessaram após a publicação do vídeo correlato. Na época, o Paulista estudava a possibilidade de se licenciar da Federação Paulista de Futebol, e, não disputando campeonatos, teria menos despesa.
Uma idéia, porém, nunca se tornou pública. Ficou restrita a pequenos círculos. Era do ex-presidente Eduardo Palhares, hoje presidente da DAE S/A. Palhares teria confidenciado a amigos que a solução era vender o estádio (entregar os anéis para não perder os dedos). Alguma construtora lá faria condomínios, e com o dinheiro, o Paulista pagaria as dívidas.
A idéia de Palhares ia mais longe. O Paulista se associaria ao Primavera, investiria no seu estádio e lá disputaria as partidas dos campeonatos, em condições de contratar bons jogadores e voltar a fazer bonito. O JN não conseguiu, nesta semana, confirmar com Palhares se a idéia foi discutida com a diretoria.
Nesta semana também apareceram outras alternativas. Uma delas, seria o tombamento do estádio, que passaria a ser considerado histórico; outra a desapropriação pela Prefeitura. Ambas as idéias nascem mortas. Não há tempo hábil para desapropriação, e o tombamento não resolve nada – além de não haver tempo para isso, há a anterioridade. No caso, o estádio do Paulista já era.

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