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segunda-feira, 29 abril, 2024

Jundiaí quer construir três novas represas com R$ 300 milhões

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Prefeito LFM comunicou ao Estado, mas não disse onde serão os novos reservatórios e a nova Estação de Tratamento
Pelo que se anuncia, Jundiaí terá água eternamente. Miguel Haddad, quando prefeito, disse que a cidade teria água por 50 anos; outro prefeito, Ary Fossen, ampliou a represa, o que leva todos a crer que foram acrescidos mais uns dez anos. E agora o prefeito LFM foi conversar com um secretário do Estado para avisar que vai construir mais três represas. Três, não uma.
De quebra, o prefeito quer construir também uma nova estação de tratamento de água. Na explicação, disse que as três represas juntas fornecerão 270 litros de água por segundo. Não se falou na mesma conversa sobre terminar a ampliação da atual represa – o projeto está pronto e tudo está autorizado.
Essas novas represas custarão R$ 300 milhões. E donde vem o dinheiro? Segundo o prefeito, o dinheiro deverá ser obtido no Ministério das Cidades, oriundo do FGTS. Deverá. Mas o que LFM foi pedir é outra coisa – uma ajudazinha nos aspectos técnicos. O secretário, Benedito Braga, também é do futuro e inovou na resposta – falou de “variabilidade” do clima. No presente é variação, mas em todo o caso…
O presidente da DAE S/A, Eduardo Palhares, também estava nessa conversa e aventou marcar nova reunião nesta semana. Sua declaração foi meio genérica: “É um projeto muito importante que vai contribuir para o desenvolvimento da cidade”.
De bom mesmo foi o fato que a autorização que Jundiaí tem para retirar água do Rio Atibaia e outros rios, foi renovada por mais dez anos. Isso significa 4.320 m³/hora do Atibaia, 6.515 m³/hora do Jundiaí-Mirim, 162m³ do Ribeirão da Ermida e 180m³/hora do Córrego da Estiva.
Com toda a certeza, um prefeito cuidadoso e previdente não deixará que pairem suspeitas sobre essa história das represas. Não deixará, também certamente, que haja superfaturamento nas obras, como aconteceu na construção da atual represa, pela Camargo Correa, quando o Tribunal de Contas do Estado apontou sobrepreço de 320%.
Também deverão ser estudadas atentamente as cotas da inundação, para que não aconteça o que já aconteceu na represa atual. Só para entender: o projeto original previa cota de 720 metros, que foi baixada para 715 e acabou fechando em 711. Se realmente se obedecer o projeto original, o Parque da Cidade vai pra cucuia – inunda tudo. E assim, Jundiaí já sai do futuro para entrar na eternidade.

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