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segunda-feira, 29 abril, 2024

AVC mata mais de 42 mil brasileiros por ano. Hipertensão é a vilã

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Popularmente chamado de derrame cerebral, o AVC (acidente vascular cerebral) tem colocado a vida do brasileiro na berlinda. Segundo último levantamento do Ministério da Saúde, das mais de 100 mil mortes registradas por ano no Brasil devido às doenças cerebrovasculares, 42 mil foram causadas pelo AVC (2013).
A doença pode ocorrer de duas formas: AVC isquêmico quando há um entupimento dos vasos por coágulo ou AVC hemorrágico quando existe o rompimento dos vasos que levam o sangue ao cérebro, ambos provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Pessoas que são hipertensas, não realizam atividade física, têm má alimentação, possuem quadro de obesidade, fumam e fazem alto consumo de bebidas alcoólicas são as mais propensas ao AVC.
No passado, os indivíduos mais suscetíveis eram idosos; hoje, os jovens e adultos também tem se tornado vítimas da doença como consequência do estilo de vida. Caso não haja mudanças nos hábitos da população, até 2025, a quantidade de hipertensos nos países em desenvolvimento deverá crescer 80% e, no Brasil, pode haver um aumento de 150% na mortalidade causada por infarto cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC). O dado alarmante faz parte de uma pesquisa realizada pela Escola de Economia de Londres, da Universidade do Estado de Nova York e do Instituto Karolinska da Suécia.
Recentemente, a Associação Americana de Cardiologia fez um alerta sobre cinco informações importantes que todos precisam saber em relação ao AVC e chama atenção para os seguintes pontos:
O risco da doença aumenta com a idade; no entanto, jovens, crianças e até mesmo fetos podem ter acidentes vasculares cerebrais. Se um dos seus pais teve um AVC isquêmico antes dos 65 anos, você tem um risco três vezes maior de sofrer um AVC.
A pressão alta é o principal fator desencadeante do AVC.  3 em cada 4 pessoas que sofrem o primeiro AVC têm a pressão sanguínea elevada.
Grupo étnico influencia na incidência do AVC – Afrodescendentes têm quase o dobro das chances de desenvolver o problema.
O AVC pode ser tratado – medicamentos anticoagulantes e aparatos médicos possibilitam o tratamento da doença, mas cada segundo conta. Quanto mais rápido houver intervenção médica, melhores as chances de uma recuperação sem sequelas.
O médico Maurício Hoshino, neurologista e Assistente da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, alerta que “é fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sintomas de dor de cabeça forte e que não cessa; desequilíbrio e tontura; visão embaçada ou com duplicidade; fraqueza muscular da face: os olhos ou canto da boca estão caídos ou alteração para sorrir; dificuldade para compreender e falar; fraqueza corporal – somente um lado do corpo não responde aos estímulos e há dificuldade para caminhar e para mover os braços”.
O neurologista reforça ainda que 90% dos casos tem prevenção com o controle dos fatores de risco (hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sedentarismo, altas taxas de colesterol e doenças cardíacas) para evitar consequências mais graves, porém, pacientes com hipertensão e fibrilação atrial – é uma arritmia que gera o batimento cardíaco descompassado – precisam ter atenção redobrada, pois são mais propensos ao AVC.

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