Não há uma eleição em que não apareçam candidatos no mínimo bizarros – vale tudo para se mostrar ao eleitor
Muito antes do palhaço Tiririca, partidos políticos aprenderam que o eleitor se deixa levar por nomes e personagens populares. Quando não havia urna eletrônica, por exemplo, uma filhote de rinoceronte, a Tetéia, foi uma das mais votadas para vereadora. Carcará foi outro animal que caiu no gosto do eleitorado.
Jundiaí já teve também dos seus. Não tão folclóricos, mas que chamavam a atenção. Em 1992, por exemplo, houve uma figura popular, que morava no Anhangabaú, que se candidatou com apelido. Não fez o suficiente, mas foi votado – era Walter Calabresa, que usava como slogan Vote com Certeza.
Hoje os entendidos classificam esses fenômenos como efeito Tiririca. Nas eleições deste não faltam candidatos no mínimo curiosos. Em Aracaju há um candidato a vereador que se apresenta vestido a caráter – ele é o Chapolim. No Paraná, Jefferson Almeida é candidato a vereador com nome de urna Pikachu.
Jundiaí tem 397 candidatos a vereador. Há nomes como Caveira Dub Style, Charmosa, Maria Fala Baixo, Cascão, Dika Xique-Xique, Helena Sereia… quase nada comparado ao que tem por aí. Em Murial há um candidato com o nome de urna Tenebroso; em Recife, há Michele dos Afogados; em Capão Bonito, o Mosquito Engraxate; em Jaboatão dos Guararapes, o Todo Duro.
Outros se superam. O candidato Queimado usa como slogan: Não queime seu voto, vote em Queimado; outro se apresenta como Hulk Magrelo, e todo pintado de verde. Há ainda o Playboy do boné. Mas nada como a dupla Kely Barbie para vereadora e Irani Potinho pra prefeita, cujo santinho foi impresso pela gráfica Pintando o 7. Tá tudo explicado.
