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quarta-feira, 1 maio, 2024

Globo “mamou” R$ 147 milhões na Lei Rouanet

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Não só artistas usaram a Lei Rouanet para encher os bolsos. A toda poderosa TV Globo também andou mamando nessas tetas, via Fundação Roberto Marinho. A fundação foi criada nos anos 1970, não tem fins lucrativos (oficialmente) e tem uma série de ações destinadas a difundir a educação e o conhecimento.
Em 2011 a Globo captou R$ 35 milhões pela Lei Rouanet. O destino do dinheiro era a revitalização da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, o Paço do Frevo, o MIS (Museu da Imagem e Som) e o Museus de Arte do Rio – Mar, todos no Rio de Janeiro. O MIS, sozinho, papou 20,7 milhões. Quem mais doou, segundo a planilha, foi a Globosat, com 9,5 milhões, seguida da Globo Comunicações e Participações. A Infoglobo entrou com 700 mil.
Grana para fundações é restituída no Imposto de Renda. Quando a fundação é do próprio grupo, tem-se uma situação ganha-ganha. O dinheiro sai do caixa da companhia, livre do fisco, e entra numa fundação que lhe pertence. É quase lavagem. E é, em tese, legal.
Um ex-diretor do MinC ofereceu uma explicação sobre a generosidade com a Globo na aprovação de projetos. “O MinC foi leniente na gestão. Havia gente muito próxima do mercado em cargos chaves. Para se legitimar no lugar de Gilberto Gil, o ex-ministro Juca Ferreira teve de fazer várias concessões”, diz.
Ele continua: “As prestações de contas são frágeis. Não se analisa nada direito. É uma festa”. A Lei Rouanet financia boa parte dos institutos e fundações privadas no país — do Itaú Cultural, passando pelo Alfa até o Instituto FHC. É um cipoal de altos interesses.

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