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quarta-feira, 1 maio, 2024

Alergia é virulenta no Brasil. Frio produz alergias nos olhos

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Metade dos brasileiros deve ter alergia em 2050. O distúrbio cresce no frio e atinge os olhos de 6 em cada 10 alérgicos

No mundo todo as doenças alérgicas não param de crescer. No Brasil não é diferente. Há 10 anos as alergias atingiam 20% da população. Hoje, de acordo com a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia) atingem 30% das pessoas com predominância da asma, rinite e sinusite que crescem no frio. A previsão da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que até 2050 metade dos brasileiros tenha algum tipo de alergia.
Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, a confirmação dessa previsão indica crescimento exponencial de problemas de visão. Isso porque estudos mostram que 6 em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos.
Essa reação em cadeia, explica, é decorrente da diminuição da lágrima que é agravada pelo frio. “A lágrima representa a defesa da superfície ocular. Na sua falta o sistema imunológico entende que é necessário produzir mais anticorpos para proteger os olhos”, afirma. O resultado é a conjuntivite alérgica que tem como sintomas coceira intensa, vermelhidão, inchaço das pálpebras e fotofobia.
Nem é preciso dizer que a coceira faz os alérgicos levarem as mãos aos olhos. O problema, comenta, é que quando coçam, desorganizam as fibras de colágeno, tornando irregular a superfície da córnea, membrana externa e transparente do olho responsável pelo foco. Isso  induz ao astigmatismo, vício de refração que dificulta a visão de perto e de longe por formar mais de um foco sobre a retina.
A dica do médico para não coçar os olhos numa crise alérgica é aplicar compressas feitas com gaze embebida em água gelada e consultar um oftalmologista imediatamente. O tratamento é feito com lágrima artificial associada a colírio anti-histamínico ou a corticóide nos casos mais severos. Muitos alérgicos, comenta, só buscam tratamento quando o astigmatismo já evoluiu para ceratocone, doença que afina a córnea e responde por 70% dos transplantes no Brasil. É o que acontece com metade dos alérgicos de acordo com um estudo realizado por Queiroz Neto com 315 portadores de ceratocone.

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