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segunda-feira, 27 maio, 2024

Turbaína se reinventa 80 anos após seu lançamento

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De longe, o refrigerante mais conhecido dos paulistas. Fábrica está em Jundiaí, fundada em 1932

Desde o ano passado uma latinha está tirando o sono de grandes empresas que fabricam refrigerantes e são líderes mundiais – a versão Vintage da Turbaína, fabricada pela Ferráspari, que está na Vila Arens, em Jundiaí, no mesmo prédio onde começou, em 1932. Mesmo vendendo muito a versão tradicional, a empresa lançou a versão Vintage, que praticamente reinventou a Turbaína.
Tudo começou com a fabricação de balas, com o mesmo nome, formuladas pelo químico italiano Pedro Paccini. A Ferráspari (uma sociedade a princípio formada pelas famílias Ferrazo e Gáspari) mudou para o refrigerante logo depois e empregou a fórmula do italiano. Deu certo. Hoje são 100 mil pacotes por mês, entre garrafas pet e latinhas, que saem do mesmo prédio – o número 137 da avenida Dr. Cavalcanti, e de fábricas terceirizadas.
“A empresa começou com garrafas de 600ml da cor âmbar – explica Eduardo Cerioni, responsável pela área comercial. Mudamos para o pet e para as latas, mas deveremos voltar a fabricar também em vidro novamente”.
Turbaína ou Tubaína? Tanto faz, as duas marcas são da Ferráspari – a empresa hoje é controlada pela família Gáspari, uma vez que os Ferrazo saíram da sociedade há muito tempo. Desde seu lançamento, outros produtos foram acrescentados à linha de produção, como xaropes, groselhas e outros sabores de refrigerantes – o mais conhecido foi o Tropical, de laranja.
A empresa passou também a representar a Brahma, vendendo inclusive refrigerantes da marca, seus concorrentes, sem se abalar. Hoje o galpão do Castanho, onde funcionou a Dibesa (que distribuía a Brahma) está alugado para a Ambev. E até cachaça engarrafava, da marca Pracatu.
A mudança de hábitos foi acompanhada pela Ferráspari, que lançou versões zero de seus refrigerantes, algo inimaginável para o químico Pedro Paccini quando criou a Turbaína, um refrigerante sabor tutti-fruti com base em guaraná.
“Nosso mercado abrange boa parte do Estado de São Paulo, a começar pelo sul de Minas – explica Cerioni. É um mercado fiel, que conhece nossa qualidade”. A marca ficou tão conhecida que gerou o termo “turbaineiros” para os fabricantes de refrigerantes do tipo em todo o Brasil, e que sempre foram a dor de cabeça das duas gigantes do ramo, Coca e Pepsi-Cola.
Dirigida por Luiz Antonio Gáspari, filho de Armando Gáspari, um dos fundadores, a Ferráspari conta com 50 funcionários e poucos escritórios de representação. Nem por isso deixa de abocanhar fatias importantes do mercado – na Rede Graal e no Lago Azul existe o combo do lanche mais tradicional dos brasileiros: pão, mortadela e Turbaína.

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