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terça-feira, 21 maio, 2024

Artigo: Os males da corrupção eleitoral para a sociedade

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Não seria exagero afirmar que grande parte da corrupção que se vê atualmente no setor privado e público, em especial a promiscuidade existente entre as empresas e o Poder Público na realização de contratos administrativos precedidos de licitação fraudulenta tem relação direta com o modo pelo qual os políticos desse país chegam ao poder e logo após agem para continuar nele.
Veja nossa análise: Doação de campanha: investimento com retorno garantido. Nesse contexto, duas perguntas devem ser feitas: o que o povo tem a ver com isso? Qual a consequência para a sociedade dessa famigerada relação?
A primeira resposta talvez seja mais simples, pois, infelizmente, tá mais do que claro que o povo faz parte desse jogo de poder como fantoche, em que os financiadores bancam os políticos corruptos que querem chegar de qualquer jeito ao poder, usando o povo, que se corrompe por muito pouco, se entregando facilmente como se fosse uma mercadoria, deixando-o impossibilitado de participar do exercício do poder.
Eis o grande problema. Como o seu voto foi corrompido, o exercício do mandato pelo político corruptor fica livre, ou seja, não tendo qualquer compromisso com quem o elegeu, faz o que quer, não sofrendo qualquer fiscalização, daí a continuidade da corrupção é algo quase que automático.
Não corromper em um sistema que começa com a corrupção é algo praticamente impossível, por isso o descrédito atual da classe política, que se encontra totalmente envolvida em todos os escândalos de corrupção que estamos vendo e não podia ser diferente, já que como a sua campanha foi muito cara, o exercício do mandato é o objetivo maior de quem quer com o poder público retirar todo o dinheiro empregado e ainda lucrar.
As campanhas nesse país claramente tem mais do que uma contabilidade, em que a oficial é um verdadeiro faz de contas e o pior os demais caixas, como se diz, também o são, pois o custo é tão desarazoado que os próprios envolvidos se perdem, sendo uma nova modalidade utilizar a Justiça Eleitoral e as campanhas para lavar o dinheiro sujo de propina (O faz de conta do caixa um e dois das campanhas eleitorais).
Por que não acreditarmos em nós mesmos para mudar esse sistema corruptivo? Eis a grande pergunta, a qual precisa de uma resposta com mais ações e menos palavras e o começo de um novo ano pode ser o pontapé que se espera e que os nossos políticos não acreditam que somos capazes. Pense nisso e vamos virar esse jogo em prol de nossas crianças, futuro desse país que hoje se encontra em uma situação muito difícil e sem nenhuma perspectiva (2016: o Brasil precisa de definição).
JOSÉ HERVAL SAMPAIO JR
Mestre em Direito Constitucional

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