Provocação com pixuleco agita sessão da Câmara

Não é a primeira – e acredita-se que nem será a última vez – que militantes ligados à oposição da administração atual comparecem à sessão da Câmara, nas terças-feiras, para expor suas opiniões ou defender seus pontos de vista. Alguns chegaram a usar a Tribuna Livre para isso, de forma ordeira e democrática.
Porém há um grupelho que gosta de fazer provocações. E esse grupelho tem sempre as mesmas pessoas. Na discussão sobre a inclusão da questão do gênero no Plano Municipal de Educação, há algum tempo, esse grupelho liderou as provocações à comunidade LGBT, que reagiu e fez da sessão um palco de guerra.
Na ocasião, um dos membros dessa turma, declaradamente candidato a vereador no próximo ano, agiu como fosse animador de auditório, incitando os xingamentos e outras manifestações. Na última terça, o mesmo “animador” apareceu na Câmara com um pixuleco (boneco de Lula vestido de presidiário).
Era um boneco inflável, que foi exibido o tempo todo aos vereadores. O vereador Gerson Sartori, que é do PT, chamou outros vereadores, e nos bastidores pediu que interferissem para conter a provocação. Como o pedido não deu resultado, Gerson voltou ao plenário e pediu a palavra.
De forma enérgica, contestou a provocação e exigiu que se mantivesse o decoro. O dono do pixuleco gritou da platéia que era para dar nomes, e Gerson retrucou, avisando que não falaria os nomes para não dar ibope – a clara intenção dos provocadores. Coube ao presidente Marcelo Gastaldo manter a ordem, que, pelo jeito, não será mantida tão cedo, dada à molecagem reinante no grupelho.