A mãe de Bolsonaro, que tem 93 anos, mora em Eldorado, no interior Paulista, e foi vacinada em casa
O Cartão de vacinação de Olinda Bonturi Bolsonaro, mãe do presidente Jair Bolsonaro, foi mostrado em live feita pelo presidente na quinta-feira (18), com a intenção de mostrar que a sua mãe havia tomado a vacina recebido o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, importada pelo governo federal, e não a vacina CoronaVac, fornecida pelo governo do Estado de São Paulo.
Na live, o presidente apresentou um papel impresso, que seria cópia ampliada do cartão original de vacinação de sua mãe, que tem 93 anos.
O que Bolsonaro não imaginava é que o número de lote no cartão de vacinação pertence às doses de CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan, mesmo que o responsável pela aplicação tenha escrito Oxford.
O lote 200278 foi um dos dezesseis da CoronaVac que receberam autorização emergencial da Anvisa no dia 22 de janeiro. Já os lotes da vacina de Oxford, distribuídos pela Fiocruz para o estado de São Paulo, segundo site do Ministério da Saúde, são o 4120Z004 e o 4120Z005.
Data marcada para a segunda dose chamou atenção de internautas
Se o imunizante recebido fosse o de Oxford, a segunda dose deveria ser ministrada entre dois e três meses após a primeira. Ou seja, apenas de 12 de abril em diante.
Já a recomendação para a CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan, é de que a segunda dose seja ministrada 21 dias depois. Ou seja, exatamente no dia 5 de março, conforme consta no comprovante exibido por Bolsonaro.
Enfermeiro volta à residência para trocar cartão.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na live que, duas horas depois de aplicar a vacina em sua mãe, o enfermeiro retornou à casa em Eldorado, “apavorado”, rasgou o comprovante de vacinação que continha a palavra “Oxford” e trocou por outro, que indicava o “Butantan” como fabricante.