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terça-feira, 26 novembro, 2024

Saída da Ford divide opiniões em Jundiaí

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Ford e Volkswagen já fabricaram carros juntas, na Autolatina, uma sociedade que não deu certo. Para alguns, desvalorização, para outros, os efeitos ainda não foram sentidos

O anúncio do fechamento das fábricas da Ford no Brasil é lamentado por todos, mas os reflexos nas vendas dos modelos da marca ainda não foram sentidos como era o esperado. Para Carlos LIberato, diretor da COmercial Liberato (revenda Volkswagen), a saída da Ford provoca problemas. “Nâo é boa a saída da Ford o Brasil. Isso provoca desemprego em cadeia, começando na fábrica e chegando ao fornecedor de peças e ao prestador de serviços”, diz ele.

Para Carlos, o mercado que a Ford deixou de vender será diluído entre os demais fabricantes. “A Ford tinha participação média de 7% do mercado, e esse nicho será ocupado por outras marcas”, afirma. Ele também ainda não sentiu os reflexos na comercialização dos modelos Ford, normalmente aceitos quando da compra de outro carro.

Carlos diz ainda que o pior já passou, motivado pela pandemia. “Passamos um tempo totalmente fechados, depois a assistência técnica foi autorizada a funcionar, com equipes reduzidas, e agora temos uma leve recuperação do mercado. Já faltam alguns modelos, e a previsão da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é de crescimento”, diz.

Para Alexandre Tavares, gerente da Basson Veículos, os modelos da Ford ainda não estão sendo evitados. “É uma questão de cultura, diz ele. O Megane e o Fluence, da Renault, estão fora de linha e são excelentes carros, e até já os tive. E hoje os Maverick V8, os Fuscas e os Opalas, que estão fora de linha há muito tempo, estão supervalorizados”. Alexandre precisou enfrentar a pandemia como deu. “Ficamos com a loja fechada, mas com funcionários (dois) trabalhando on line. O mercado não voltou a ser como era antes”, finaliza.

Essa mesma visão não é a de Rafael Teixeira, gerente de frota da Valec Renault. Ele diz que a saída da Ford do país desvaloriza os modelos da marca. “Tenho informações de que há clientes querendo cancelar suas compras de modelos da Ford, diz ele. Muitos procuram outras revendas para trocar de marca. Isso causa uma rejeição gigante no mercado de usados”.

Rafael acredita que a saída da Ford só tem a favorecer outras marcas. “Isso abre um leque no mercado. A Ecosport, por exemplo, pode ser substituída pela Duster, que é 100% nacional, e o Ka pelo Sandero” explica. Mas Rafael cita outros reflexos: “O preço cai bastante, e o dono de um carro Ford passará a ter problemas, porque certamente haverá menos concessionárias, menos assistência pós-venda. É uma consequência natural”.
Mas o mercado não está tão ruim. A Valec ficou fechada quase quatro meses. De outubro a dezembro as vendas melhoraram, e agora começa o ano faltando carro. “Há uma demanda reprimida por causa da pandemia, explica Rafael. Hoje já temos fila para alguns modelos”.

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