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terça-feira, 26 novembro, 2024

A Boeing prepara seu novo modelo, o 797

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Com a aposentadoria dos modelos 757 e 767, a empresa quer lançar o 797 para transportar até 270 passageiros com autonomia de dez mil quilômetros – ou 10 horas de voo

Em constante mutação, o mercado da aviação agora recebe bem os aviões de médio porte para longas distâncias, e os menores ainda para as rotas regionais. Prova disso é o sucesso dos modelos da Embraer no mundo inteiro. Por causa disso, no ano passado a Boeing resolveu resssuscitar o projeto NMA (New Midsize Airplane – novo avião de tamanho médio) para preencher a lacuna entre o 737, seu modelo mais tradicional, e o 787.

Nesse meio tempo, a Boeing enfrentou problemas com o 737 MAX, que parecem estar superados. O 797 será uma aeronave para transporte de 220 a 270 passageiros. Terá autonomia de 10 mil quilômetros ou dez horas de voo. No estudo encomendado pela Boeing, existem 30 mil rotas em todo o mundo onde o 797 serve como uma luva.
Ao que tudo indica, o projeto seria para um avião de dois corredores (wide-body) com layout na econômica de 2-3-2. A fuselagem utilizaria materiais compostos de última geração, gerando mais eficiência e menos consumo de combustível.

Muitos operadores importantes aguardam a definição da Boeing para fazer seus planos de renovação de frota. A United Airlines, por exemplo, tem frota de 76 Boeing 757 e 54 Boeing 767, com idade média de 24 anos. A Delta tem 200 desses aviões, com média de 22 anos. Entretanto a indefinição sobre a produção do 797 segue, já que a atenção da companhia está voltada em resolver com urgência os problemas do 737-MAX e no lançamento do 777-X. Com o tempo passando, a Boeing pode acabar ficando sem mercado, já que a Airbus também tem produtos para competir por esse nicho com seus A 321LR e A 330neo.

Conhecida por ter seus jatos numerados sempre com o “7”, a Boeing nem sempre seguiu esse rito. Seus primeiros modelos se chamavam Model 40, Model 80 e Model 247. Depois da Segunda Guerra Mundial, a companhia mudou o seu foco para a aviação comercial e decidiu reorganizar suas linhas de produção. Assim 300 e 400 ficaram para aviões movidos a hélice, 500 para aviões movidos a turbinas, 600 para foguetes e mísseis e 700 para aeronaves com motor a jato.
Porém o departamento de marketing achou que 700 não tinha muito apelo e decidiu acrescentar um outro 7 no final. Assim o primeiro modelo produzido com a nova organização foi o 707 e não o 700, o que foi mantido para os modelos posteriores (717, 727, 737 etc).

Outra curiosidade é que o número do meio não representa o tamanho da aeronave. É certo que um 747 é maior que o 737, mas ele também é maior que o 757, que o 767 e até mesmo que o 777, que são projetos mais recentes. Assim, como o último modelo novo lançado pela Boeing foi o 787, o próximo lançamento se chamará 797, que por sinal representa o fim da linha para este tipo de numeração.

50 anos de história, e o Tomcat continua dominando os céus

Projetado como caça, o F-14 Tomcat transformou-se em bombardeio. Nos céus desde a década de 1970, tornou-se um dos mais conhecidos do século passado

O F-14 Tomcat foi originalmente projetado como um caça de superioridade aérea da frota. Quando a Grumman o projetou, a pedido da Marinha americana, não imaginava sua longa vida e seu sucesso. O nome Tomcat gato Tom) foi dado pelos pilotos, em homenagem ao gato Tom (Thomas) do desenho Tom e Jerry, e acabou ficando mais conhecido que sua sigla original, F-14.

O Grumman F-14 Tomcat, projetado para proteger grupos de batalha de porta-aviões de formações de caças e bombardeiros inimigos, mais tarde tornou-se um bombardeiro após o fim da Guerra Fria. O Tomcat ganhou essa capacidade como uma medida temporária para preservar as capacidades de ataque do porta-aviões após a retirada do jato de ataque dedicado A-6 Intruder. Um caça baseado em porta-aviões projetado para repelir ataques em massa soviéticos, o F-14 atingiu os céus pela primeira vez na década de 1970 e logo se tornou um dos lutadores mais conhecidos do século 20.

A combinação do radar AWG-9 de longo alcance e os mísseis AIM-54 Phoenix de superloto alcance deu ao Tomcat a capacidade única de derrubar bombardeiros soviéticos, e o conjunto de asas de geometria variável permitiu que o grande jato lutasse como o melhor dentre os caças. O F-14 alcançou o estrelato em 1986 com o lançamento do icônico filme Top Gun.

Após a Guerra do Golfo de 1991, a Marinha dos Estados Unidos aposentou seus bombardeiros A-6 Intruder. O serviço ainda exigia um jato de ataque de longo alcance, e levaria vários anos antes que a versão maior e mais capaz do F/A-18 Hornet, o F/A-18 Super Hornet, se juntasse à frota.

A perda da União Soviética como oponente de alta tecnologia em 1991 deixou o F-14 Tomcat sem um inimigo de nível igual para lutar. Era difícil justificar um caça puro como o F-14 por motivos financeiros, já que dificilmente havia forças aéreas adversárias dignas de nota no mundo pós-Guerra Fria.

Embora o F-14 fosse famoso por ser um caça a jato, teve uma breve carreira como caça-bombardeiro. Muitas das fuselagens F-14 da frota ainda tinham muitas horas restantes, e a Marinha tomou a decisão de equipá-las para transportar bombas guiadas a laser e por satélite.

Os caças foram equipados com uma versão do pod de mira para Navegação em Baixa Altitude e Visor Infravermelho para Noite (Lantrin). Um F-14 equipado com Lantrin poderia designar alvos com um feixe de laser durante o dia ou à noite, e então lançar bombas guiadas por laser para demolir o alvo.

Perto do final de sua história de voo, o F-14 ganhou a capacidade de lançar bombas guiadas a laser e até mesmo lutou em uma série de conflitos. O F-14 Bombcat, como ficou conhecido, foi capaz de lançar bombas de ferro não guiadas e bombas coletivas; depois acrescentou a capacidade de transportar bombas guiadas por laser e até mesmo por satélite. Os Bombcats realizaram missões contra a Iugoslávia em 1999 e, posteriormente, sobre o Afeganistão e o Iraque nos anos 2000. A Marinha dos Estados Unidos aposentou o último F-14 de serviço em 2006. Isso lá – há centenas deles voando em outros países.

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