Mesmo em meio a uma pandemia, Bolsonaro conseguiu gastar mais do que Michel Temer (MDB) e se mantem próximo a média de gastos de Dilma Rousseff (PT)
A média de gastos da Presidência da República com o cartão de crédito corporativo até novembro coloca o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entre os mais gastões desde que os dados começaram ser divulgados pelo Portal da Transparência do governo federal, em 2013.
Mesmo em meio a uma pandemia, Bolsonaro conseguiu gastar mais do que Michel Temer (MDB) e se mantem próximo a média de gastos de Dilma Rousseff (PT). Os gastos da atual gestão chega aos R$ 672,1 mil por mês, o que representa uma alta de 51,7% em relação ao governo de Temer somente 2,6% menos do que a petista.
Segundo dados do Portal da Transparência, os gasto de Dilma Rousseff era de cerca de R$690,2 mil, enquanto Temer tinha uma gasto de R$ 442,9 mil.
A única justificativa de Bolsonaro para o alto gasto com cartão aconteceu em fevereiro, quando foram desembolsados R$1,9 milhão. De acordo com o presidente, cerca de R$739 mil foram utilizados para financiar o resgate de brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, na China, quando houve os primeiros casos o novo coronavírus.
Mesmas regras – As regras para o uso dos cartões são as mesmas desde 2008. A equipe de Jair Bolsonaro chegou a cogitar o fim desse tipo de cartão, mas eles continuam a ser utilizados pela Presidência. Além disso, o detalhamento dos desembolsos não são divulgados. O Palácio do Planalto afirmou que os gastos se referem aos custos de viagens, eventos e manutenção do Palácio da Alvorada.