O excesso de pessoas no litoral paulista têm preocupado as autoridades locais
As praias lotadas nos finais de semana e as aglomerações geraram críticas do secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn. Segundo ele as pessoas estão se guiando por uma falsa sensação de segurança e que ainda não é o momento para “confraternizar”.
“As pessoas entendem que as praias não têm problema, que estão ao ar livre, mas se aglomeram nos guarda-sóis, bebem, riem sem máscara. Isso é um cenário de transmissão do vírus”, apontou.
O coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19, João Gabbardo, também criticou as aglomerações das praias do litoral paulista. “Não é lógico, neste momento, levar famílias e mais famílias com guarda-sol, com cadeiras e fazer um piquenique na praia. Correr esse risco para quê?”, disse.
Gabbardo falou ainda que as aglomerações podem “trazer consequências bastante danosas para a nossa saúde” em janeiro.
O excesso de pessoas no litoral têm preocupado as autoridades locais, e os prefeitos da Baixada Santista estão buscando alternativas para frear a presença de turistas durante as festas de final de ano.
Uma das propostas discutidas em reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) foi a implantação de um “cordão de isolamento” nas praias. De acordo com o prefeito de Bertioga, Caio Matheus (PSDB), a expressão não refere-se a uma barreira física, e sim, à proibição total do acesso às praias da região, de 24 a 27 de dezembro e de 31 de dezembro a 3 de janeiro. Porém, essa medida só será possível com o apoio do Governo do Estado.
Já a cidade de Santos vai ter barreiras sanitárias durante o período de festas para evitar a entrada de vans e ônibus de turismo na cidade. Esses veículos, se abordados, serão orientados a retornar aos municípios de origem.