Secretaria Estadual de Educação afirma que 15% dos matriculados na rede estadual não têm participado de nenhuma atividade e esses devem ser reprovados
A participação mínima em alguma atividade proposta pelas escolas é o que garante a progressão dos estudantes da rede estadual neste ano letivo atípico. Aqueles que entregarem as atividades exigidas ao longo do ano não devem ser reprovados, ainda que a aprendizagem esteja abaixo do esperado. A Secretaria Estadual de Educação apresentou nesta quarta-feira (11) um planejamento que prevê que os alunos sejam avaliados nos anos de 2020 e 2021 como um único ciclo de aprendizagem.
As atividades escolares seguem até o final do ano e haverá uma tolerância com os estudantes que entregarem os trabalhos exigidos, esperando que seja alcançado apenas um “mínimo” de aprendizado. “Mesmo que você não alcance a aprendizagem idealizada, você poderá prosseguir se alcançar esse mínimo”, enfatizou o secretário da Educação Rossieli Soares.
No entanto, segundo o secretário, 15% dos matriculados na rede estadual não têm feito essas entregas. Nesses casos, os estudantes podem ficar sem avaliação e serem reprovados. “Há uma probabilidade maior de retenção ao que não entregue atividades para a escola”, alertou Rossieli. A decisão final sobre as reprovações será tomada no conselho de classe, que avaliará o caso concreto de cada aluno.
As atividades podem ser feitas pela internet ou pelo material impresso que, de acordo com o secretário, tem sido distribuído nas escolas. Rossieli disse ainda que vem sendo feito um trabalho de busca dos estudantes que não têm acompanhado as atividades escolares. Para p secretário, além das dificuldades de acesso à internet por parte dos jovens, muitos perderam o interesse na escola durante a pandemia. “A gente sente esse desânimo acontecendo. Mas, nós temos outros fatores que devem ser considerados”, disse.
Recuperação – O secretário Rossieli Soares disse ainda que o Estado vai contratar mais de 10 mil professores para atuar no programa de recuperação e aprofundamento dos alunos das escolas estaduais. Os docentes da rede que tenham interesse em participar das aulas de recuperação em janeiro, mediante a pagamento extra, também terão essa opção.
O programa será implementado para minimizar os déficits na aprendizagem dos estudantes que podem ter ocorrido durante o período de suspensão das atividades presenciais.
Além dos novos profissionais, mais de 140 mil profissionais serão formados para atuar no programa de Recuperação. Eles terão à disposição para o trabalho recursos didáticos impressos e digitais específicos, como 6 milhões de cadernos de atividades para os alunos por bimestre.