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domingo, 24 novembro, 2024

Anvisa autoriza retomada dos testes da Coronavac

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Os testes haviam sido suspensos na noite da última segunda-feira após “evento adverso grave” durante a fase de testes da vacina

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta quarta-feira (11) a retomada dos testes da Coronavac, vacina contra a Covid-19 produzida pela empresa chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.

Os testes haviam sido suspensos na noite da última segunda-feira após “evento adverso grave” durante a fase de testes da vacina. O evento grave foi a morte de um voluntário de 33 anos, que de acordo com boletim de ocorrência registrado em São Paulo, a morte deu-se em decorrência de um suicídio.

“Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo (conforme listado na tabela), a ANVISA entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG inesperado e a vacina”, escreveu a agência, em nota.

A suspensão gerou desconforto entre a Anvisa e o Butantan, que criticou a agência por não avisar sobre a suspensão com a antecedência e levar o assunto à imprensa. Já a Anvisa afirmou que não havia sido informada sobre a causa do evento adverso grave.

“A suspensão e retomada de estudos clínicos são eventos comuns em pesquisa clínica e todos os estudos destinados a registro de medicamentos que estão autorizados no país são avaliados previamente pela Anvisa com o objetivo de preservar a segurança para os voluntários do estudo”, disse.

Queda de braço – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), travam uma disputa publica por conta da vacina contra a Covid-19. A “briga” começou após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciar a assinatura de um protocolo de intenções para a compra de 46 milhões de doses da vacina da Sinovac. Horas depois Jair Bolsonaro desautorizou o ministro publicamente e disse que o Brasil não iria comprar a “vacina chinesa de João Doria”.

Após a suspensão dos testes pela Anvisa, Bolsonaro escreveu em uma rede social: “mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. Em resposta, o PSDB, partido do qual Doria faz parte, disse que o presidente “comemorou a morte de um voluntário da Coronavac” e que “cava vez mais ele parece estar do lado do vírus”.

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