Nesta terça-feira (22) um quinto de toda a população do Reino Unido foi novamente proibida de sair de casa. O lockdown foi decretado no norte da Inglaterra e no País de Gales, as regiões mais afetadas pela Covid-19 no país.
O número de infecções pelo novo coronavírus voltou a subir, por isso o governo tenta impor restrições pesadas mas ao mesmo tempo tenta deixar algum espaço para a economia continuar funcionando.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deve anunciar novas medidas nesta terça-feira. Um segundo confinamento nacional não está descartado. É uma medida extrema, que o governo britânico tenta evitar ao máximo para não estrangular ainda mais economia do país.
No fim de semana o premiê alertou sobre a segunda onda de contaminações, e esse já pode ter sido o primeiro sinal de que ela chegou.
Na segunda-feira (21), os cientistas do governo explicaram que o número de novos casos continua avançando rápido, e já dobra a cada sete dias. A apresentação foi vista como um recado de que as pessoas devem se preparar para medidas mais restritivas.
O “R”, que é o indicador que mede a velocidade de contágio, está em alta em todo o país e em todas as faixas etárias. Se nada for feito para conter a contaminação, a estimativa é a de que o número de casos diários chegue a 50 mil em meados de outubro.
Com a chegada do outono, virão também os dias mais frios e a gripe comum, o que só vai piorar o sistema público do país.
Aparentemente, pelo que disseram os cientistas do governo, as restrições que já estão em vigor não são suficientes. Desde a semana passada, as pessoas não podem se reunir em grupos de mais de seis, sob pena de multas altas.
Em várias regiões do país, a própria “regra dos seis”, como ficou conhecida, foi superada. Não se pode mais misturar em espaços fechados gente que não more sob o mesmo teto, ainda que sejam menos de seis pessoas.