De acordo com um estudo sobre os resultados preliminares da vacina russa contra a a Covid-19 publicado na revista científica The Lancet, a dose aplicada nos voluntários apresentou resposta imune e não teve efeitos colaterais. Apesar disso, os cientistas russos reconheceram que é preciso mais testes para comprovar a eficácia da vacina.
Chamado de “Sputnik V”, o imunizante foi registrado em agosto pela Rússia, que se tornou o primeiro país a registrar a vacina contra o novo coronavírus, mas a falta de estudos publicados sobre os testes gerou desconfiança entre a comunidade internacional.
No Brasil, o governo do Paraná firmou uma parceria para desenvolver a vacina russa e, nesta sexta (4), informou que o pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ser feito em 10 dias. Já os testes no país devem começar dentro de um mês.
De acordo com a publicação, as fases 1 e 2 de testes não apresentaram efeitos colaterais em até 42 dias após a aplicação nos 76 participantes. Além disso, todos eles desenvolveram anticorpos contra a Covid-19 em 21 dias.
Os cientistas do Instituto Gamaleya, que desenvolveu a vacina, disseram à imprensa que essa resposta foi maior do que a vista em pacientes que foram infectados e se recuperaram do novo coronavírus naturalmente.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, disse que o resultado é importante, mas ressalta que ainda falta a fase 3, em que a vacina é testada em um grande número de pessoas.
“É um estudo aguardado, publicado em uma revista séria. Hoje a vacina pode ser categorizada como realmente uma candidata, mas isso ainda depende de estudo de fase três onde estão 7 outras vacinas”, disse Kfouri.
Na fase 3, a eficácia da vacina deve ser testada em larga escala, ou seja, com mais de 40 mil participantes.
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