Uma torre, no aeroporto, tem muitas funções. Ordena a movimentação dos aviões no espaço aéreo, mantendo distância segura, orientam rotas em caso de mau tempo e determina quem vai decolar ou pousar. O objetivo é único – evitar acidentes. Depois da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), o transporte aéreo de passageiros aumentou muito na Europa. Em 1920, o aeroporto de Londres construiu a primeira torre de controle do mundo, em Croydon, que ficava a 20 quilômetros da cidade. Tinha 4,5 metros de altura e janelas em todos os lados, como as atuais.
A encomenda da torre partiu do Ministério da Aeronáutica, que deixou de existir nos anos 1960. Na época, os aeroportos (chamados de aeródromos) usavam o rádio para saber da posição e do trajeto dos aviões, mas nada comparado ao que um ATC (Air Trafic Control – Controle do Tráfego Aéreo) faz nos dias atuais. Credita-se à torre de Londres o pontapé inicial para o crescimento da aviação comercial.
No começo, os primeiros pilotos comerciais voavam em aviões militares modificados. Mas isso só era possível quando o tempo ajudava. Quando o número de vôos comerciais aumentou, com datas e horários, houve necessidade de operar em outras condições, mesmo em condições meteorológicas desfavoráveis. Foi então que uma recém-formada Comissão de Navegação Aérea Internacional determinou que os principais aeroportos deveriam enviar e receber boletins regularmente. Sobre Meteorologia, somente.Os primeiros controladores trabalhavam com um operador de rádio, e davam aos pilotos mensagens de voz, orientação com luzes e bandeiras. Era possível também determinar a posição do avião rastreando seu sinal de rádio. E se houvesse alguma emergência? Fred Stanley Mockford, um dos primeiros controladores de tráfego aéreo de Londres, criou o código internacional: Mayday, derivado da expressão francesa m´aider, que significa me ajuda. Em 1927, a palavra foi aceita como padrão internacional para pedido de socorro. O aeroporto e suas torres (foram construídas mais duas em 1923) funcionou até 1959. Em 2000 foi transformado em museu.