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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Ringo, o mais feio, chega aos 80 anos

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Ringo Starr era considerado o mais hilário e inconsequente dos Beatles, grupo do qual faziam parte Paul McCartney, John Lennon e George Harrison. Dos quatro, sobraram Ringo e Paul. Na semana passada (7 de julho), Ringo comemorou 80 anos com uma live, que teve participação de músicos como seu ex-parceiro Paul, Joe Walsh, Sheryl Crow e Ben Harper. Ringo comentou: “Nunca deixam de me lembrar, então é melhor comemorar”. Era Ringo sendo Ringo.

Ringo estava em Los Angeles quando a pandemia obrigou-o a ficar por lá. Num estúdio, com fotos de seus ex-parceiros ao fundo, aconteceu a live. “Eu pretendia comemorar muito bem, com um palco ao ar livre junto ao edifício Capitol, em Hollywood, com amigos e bandas tocando num grande almoço. “Estou tocando mais do que nunca!, afirma, referindo-se às contínuas turnês com a banda All Stars, com quem deveria estar agora, se não fosse pelo confinamento. E pretendo continuar tocando depois dos 80”.

Ringo, como Beatle, revive muitas histórias. Uma delas em Manila, capital das Filipinas, quando o grupo precisou fugir às pressas, pelo ardor dos fãs e pela fúria da primeira-dama Imelda Marcos (aquela que tinha milhares de pares de sapatos). Tudo porque os Beatles não compareceram a uma recepção oficial, onde ela queria brilhar ao lado deles. Há também a história ocorrida na Suiça, onde descobriu uma espécie de canto dos Alpes, que lhe parecia canto gregoriano, com vacas e pastores. “Éramos uns garotos que chegávamos, tocávamos, armava-se uma confusão, e até a próxima”, diz ele.

E por que Ringo se tornou baterista? Quando tinha 13 anos, sofria de tuberculose, e alguém lhe deu uma bateria de presente. Se curou e não parou mais. Sobre os Beatles: “Foi um sonho impossível que virou realidade, pertencer à melhor banda do mundo”. Sobre Yoko Ono, que a conheceu quando chegou ao estúdio e a encontrou na cama com Lennon: “É uma mulher divertida. A imprensa tornou tudo mais esquisito, porque nos apoiamos mutuamente”. E os Beatles não eram só música e alegria – ele liderou o grupo que se negou a tocar no estado do Mississipi se os negros não fossem autorizados a assistir à apresentação. “Como seria de outra forma, se nossos heróis abrangiam de Ray Charles a Sam Lightnin’ Hopkins, passando por Stevie Wonder e os sons afroamericanos?”

Ele se queixa das gravadoras e promotores de shows, afirmando que não existem mais casas onde bandas possam tocar – tudo tem de ser show grandioso, para se ganhar muito dinheiro. Sobre a rejeição de gravadoras a novos grupos, diz que é assim mesmo. “Quando começamos, muitas gravadoras nos rejeitaram. Devem ter se arrependido muito”. Os Beatles serão documentário – The Beatles: Get Back – que Peter Jackson está preparando para a plataforma Disney+ e que também foi adiado por causa da pandemia. O documentário é resultado de 57 horas de filmes  achados sobre o último show do grupo. O documentário Let It B só utilizou 10 ou 12 minutos daquele evento musical. “Fizemos boa música, mas pagamos um preço muito alto”.

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