A imunidade coletiva ou de rebanho acontece quando o agente infeccioso não consegue mais se propagar de forma fácil e com força, porque não há mais tantas pessoas vulneráveis (que podem se contaminar) em número suficiente que sustente o crescimento da epidemia.
Para isso, os números de casos diários deve cair e não voltar a crescer por mais de um mês, pelo menos.
Assim, segundo a biomatemática portuguesa Gabriela Gomes, da Universidade de Strathclyde, na Escócia, no Brasil, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus caminham para essa situação.
Isso porque, com outros epidemiologistas, Gomes defende que o limiar da imunidade coletiva para o coronavírus é de cerca de 20%, e não de 70%, como indicam alguns modelos mais tradicionais. Isso significa um cenário no qual 20% das pessoas de uma região apresentem anticorpos.
“Só teremos imunidade coletiva ampla com vacina. Mas a força da pandemia já está reduzida em algumas partes do mundo, como na Europa e em parte da China. Também em regiões dos EUA e do Brasil, onde cada estado deve ser pensado como um país. Estamos mais próximos de voltar à normalidade. É importante que isso seja comunicado às pessoas”, explica Gomes para O Globo.