Depois de um morador morrer com febre maculosa, um condomínio de Itatiba por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, teve autorização para o abate de 40 capivaras que ficam no local. A doença que causou a morte do morador é causada pelo carrapato-estrela que tem as capivaras como hospedeira.
O síndico do condomínio, José Augusto da Silva, que o local é uma área de transmissão da doença: “Em função deste óbito que ocorreu, em janeiro do ano passado, os órgãos estaduais determinaram que a gente, por ser agora uma área de transmissão de febre maculosa, fizéssemos a eutanásia de todas as capivaras do condomínio”.
Das 40 capivaras que devem ser abatidas, 13 já foram mortas.
O veterinário Paulo Anselmo Felippe, que estuda manejos de capivaras, disse que a castração e a esterilização são as práticas mais adequadas. Ele explica que a bactéria fica cerca de 15 dias no organismo do animal e, depois disso, ela nunca mais aparece no sangue.
A diretora da Secretaria do Meio Ambiente – órgão que autorizou a eutanásia dos animais -, Vila Geraldi, disse que é contra o argumento do veterinário.
“Esse é o período de viremia, de amplificação da capivara, depois a capivara fica reagente positiva. Ela fica imune, mas os carrapatos que se alimentaram dela nesse período, eles vão estar lotados da bactéria e vão continuar transferindo, transmitindo pela picada”.
Abates deste tipo já foram autorizados pela Secretaria de Meio Ambiente em outras sete cidades. O órgão ainda afirma que mudar os animais de lugar não adiantaria, pois só mudariam o local de transmissão.