Após acusar o padre Marcelo Rossi de plágio, a escritora Izaura Garcia de Carvalho Mendes foi presa na última quinta-feira (9). Izaura e suas advogadas foram acusadas de formação de quadrilha, denunciação caluniosa, estelionato e uso de documento falso. Elas responderão aos processos em liberdade.
A escritora afirmava que Marcelo Rossi havia cometido crime de plágio ao usar uma frase de sua autoria no livro Ágape, obra do católico publicada em 2010, pela Editora Globo e que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares.
A acusação aconteceu ainda em 2012, quando Izaura enviou à editora um documento afirmando ser um registro do livro que continha o poema na Fundação Biblioteca Nacional e conseguiu um acordo extrajudicial no valor de R$ 25.000.
Porém em 2018, a escritora entrou com uma ação na justiça e abriu quixa-crime contra o padre e a editora. Ela afirmava que o trecho de sua autoria continuava no livro sem ser devidamente creditado pedindo uma indenização de R$ 50 milhões. Com isso, conseguiu que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitisse, em abril, uma liminar suspendendo a venda de Ágape.
O que se descobriu é que o documento que que Izaura havia apresentado – e que inclusive não constava no arquivo da Biblioteca Nacional – era falso. Foi descoberto ainda, que a mulher já havia respondido outras cinco vezes por acusações de estelionato. A polícia suspeita que a escritora falsificava textos de autores desconhecidos como se fossem seus, para depois cobrar direitos autorais.
No livro de Marcelo Rossi, o texto que Izaura afirmava ser de sua autoria, está creditado a Madre Teresa de Calcutá. Em contramão, o site dedicado a madre nega que a autoria seja dela.