Outubro é o mês da prevenção ao câncer de mama, doença mais comum entre as mulheres no Brasil e a segunda mais frequente no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, por meio da Campanha Outubro Rosa. O diagnóstico precoce aumenta de forma considerável as chances de cura, pois conhecendo-se a extensão da doença (se está localizada ou generalizada) é possível determinar qual o melhor tratamento.
“A Medicina Nuclear conta com tecnologias precisas para determinar o comprometimento dos gânglios (linfonodos que atuam na defesa do organismo) e a existência de metástases e micrometástases”, afirma o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP (www.dimen.com.br), que explica os exames existentes para o diagnóstico do câncer de mama:
Pesquisa de linfonodo sentinela
O exame é realizado com a injeção de um radiofármaco ao redor do mamilo ou próximo ao tumor – quando realizado em conjunto com ultrassom ou mamografia – que é drenado para os gânglios da axila, de onde se extrai o linfonodo sentinela, que, se estiver acometido pelas células cancerígenas, indica que existem outros gânglios potencialmente comprometidos (micrometástase) e determina a retirada de todos os linfonodos presentes no local, por meio de cirurgia.
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As imagens tomográficas do linfonodo sentinela são captadas pelo equipamento SPECT/CT, tecnologia de diagnóstico por imagem mais precisa, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento menos invasivo.
Cintilografia de mama
Para este exame, também realizado com o equipamento SPECT/CT, é necessária a injeção do radiofármaco na veia, que facilita a identificação das lesões tumorais na mama. A tecnologia permite a localização de lesões mesmo em regiões com mais tecido mamário, o que permite avaliar lesões em que a performance dos métodos habituais está limitada.
ROLL para a marcação de tumores ocultos
A técnica ROLL, sigla em inglês para radioguided occult lesion localization, permite a marcação de lesões mamárias não detectáveis ao toque. As lesões são marcadas pelo radiofármaco injetado diretamente na mama acometida pela doença, guiado pela mamografia ou pela ultrassonografia.
O equipamento Gamaprobe detecta a radiação emitida pelo material injetado e consegue facilitar a operação para o cirurgião favorecendo que a lesão seja seguramente retirada.
PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) com Tomografia Computadorizada (CT))
O exame pode detectar metástases ocultas, inclusive na região óssea, aumentando as chances de tratamento. A localização nos núcleos comprometidos é possível graças ao traçador do radiofármaco aplicado na veia, que é captado pelas células cancerígenas e identificado pelo equipamento PET/CT.
Por meio deste aparelho, a Medicina Nuclear atua também no controle das lesões mamárias malignas, após cirurgia, tratamento com quimioterapia e em mulheres cuja doença já esteja controlada.
Todos os procedimentos estão no ROL da Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, e são cobertos pelos convênios médicos.