Uma capivara incomoda muita gente. Duas capivaras incomodam muito mais. Especialmente os moradores da Vila Hortolândia, nas proximidades da Unip, onde há uma concentração de condomínios. É naquela região que esses roedores decidiram fixar residência, para pavor da vizinhança.
O carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, adora se alojar em animais de grande porte como as capivaras. Daí a preocupação de quem é surpreendido atravessando a rua com o roedor.
Questionada sobre o assunto, a Unidade de Zoonoses garante que tem orientado os condomínios onde há ocorrência de capivaras. Medidas de precaução foram passadas para os administradores dos espaços comuns, como a instalação de telas, restrição de trânsito de cavalos pelos condomínios, bem como o cuidado diário com os cães, com vistorias e aplicações de produtos específicos.
Apesar disso, a Zoonoses admite que o seu papel se restringe apenas a promover a vigilância das doenças e agravos transmitidos dos animais a populações humanas.
Sobre a presença das capivaras nas proximidades da Unip, a Zoonoses garante que o tema será inserido na discussão do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) a partir da Unidade de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, já que as capivaras são roedores migratórios, que circulam por várias cidades do Alomerado Urbano de Jundiaí.
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A invasão das capivaras em perímetros urbanos é consequência do crescimento desordenado das cidades. Para evitar a contaminação por febre maculosa, ou qualquer outra doença que exista em ambiente silvestre, a Zoonoses alerta para que a população tome medidas de precaução, como o cuidado ao se expor nesses ambientes.
De forma específica para a febre maculosa, é preciso que a pessoa fique em contato por período aproximado de quatro horas para que haja a contaminação. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, Jundiaí registrou até o dia 27 passado, 16 notificações suspeitas para febre maculosa, sendo 2 em aguardo de resultado e 1 positivo autóctone (em alta hospitalar).