A Justiça aceitou o pedido do Ministério Público e suspendeu um empreendimento projetado para uma área em Jarinu, o Loteamento Campo Verde. O pedido foi do pessoal de Campinas do Gaema e da Promotoria de Jarinu. Se levado adiante, o empreendimento receberia 25% de pessoas a mais que a atual população da cidade.
A área é isolada, rural, e foi transformada em urbana em 2006. Está na cabeceira do Rio Jundiaí-Mirim, manancial que abastece Jundiaí. No pedido, os promotores citam sucessivas alterações no Plano Diretor, aprovadas pela Câmara de Jarinu. O mapa apresentado originalmente também não confere com os apresentados nas leis que modificaram o Plano Diretor.
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O loteamento ocupa 390 hectares e estava projetado para ter 1.572 lotes – 1.533 para residências. A área mínima de cada lote era de 500 metros quadrados. Havia também projeção de outyros 18 lotes para uso misto, incluindo uma área comercial. Se levado adiante, tal loteamento teria população de quase dez mil pessoas entre moradores e possíveis funcionários – 25% da atual população de Jarinu.
A coisa ia longe. Em 2017, houve proposta de tirar Jarinu da Área de Proteção Ambiental (APA) de Jundiaí, sem qualquer fundamento técnico ou científico. No caso agora, a Justiça, além de dar a liminar, considerou que há indícios de irregularidades da área dita urbana.