A Polícia está investigando o caso. Dono da área nem sabia que estavam vendendo lotes a preço de banana
No primeiro pacote, são dez lotes vendidos baratinhos. Não passaram de R$ 30 mil. Alguns até por R$ 10 mil. Os compradores foram gente simples, de pouca instrução. Único problema: o dono da área, um agricultor com mais de 70 anos, não estava vendendo nada, e só descobriu a história há uns três meses.
Os lotes ficam no Campo Largo. O vendedor (ou estelionatário) teria forjado documentos, como contratos de compra e venda, aparecendo como dono da área. O advogado do agricultor dono da área (o dono de verdade) já mandou cópia da escritura e outros documentos para ajudar na investigação.
O agricultor mora na área há mais de 30 anos. Na Polícia, ele contou que um grupo de pessoas invadiu a área e cercou 40 lotes. O sujeito que comandava o grupo foi avisado que aquilo não era legal, e que a área tinha dono. Mas não quis nem saber e teria respondido que ia vender e ninguém o impediria.
Nas vendas, o sujeito orientou os compradores a construírem rapidamente edículas ou barracos para ocupar os lotes. Como há ação de reintegração de posse, que deverá ser decretada pela Justiça, o que estiver construído será derrubado. Mas o sujeito, o corretor, ou o estelionatário, continua solto.