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quinta-feira, 28 novembro, 2024

Produtores rurais ganham espaço com a Economia Solidária

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Desde o final do ano passado no programa, franco-rochenses começam a ter autonomia nos negócios
A vida de um grupo de produtores rurais de Franco da Rocha começou a mudar em dezembro do último ano, quando os moradores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que vivem no Assentamento Dom Tomás Balduíno (Fazenda São Roque) ingressaram no programa de Economia Solidária, da prefeitura.
As dificuldades para um pequeno produtor, claro, continuam, porém agora as chances de se perder mercadorias, não encontrar compradores para as frutas e verduras, diminuíram significantemente na vida desses franco-rochenses que vendem seus produtos na Feira Franco Art e também na Boutique Social, ambos espaços criados dentro do programa de Economia Solidária.
Acabou o desperdício
Entre alguns dos agricultores que fazem parte do programa está Maria Bethânia Dantas que há 15 anos trabalha na roça, de onde tira o seu sustento.
Natural de Natal (RN) a produtora rural familiar já está em Franco da Rocha há 30 anos, porém, só metade dele dedicado a agricultura. “Eu sempre vivi na cidade, só comecei a mexer com a roça quando passei a morar no assentamento. No começo era bem difícil, eu não gostava, mas agora eu gosto muito”, explica.
Entre os produtos comercializados por dona Maria estão frutas como mangas, bananas (diversos tipos, inclusive a chamada 2000 que é um híbrido de prata com maça – um dos poucos lugares do estado que produz esse tipo de banana), caqui, carambola, acerola, laranja, pera, limão, jabuticaba, ameixa rubi, uva, amora, goiaba, abacate, além de mel e coloral, tudo isso com a colaboração do marido William Santos.
Da terra, Bethânia também faz seu artesanato com a palha da banana, onde produz cestos e esteiras, além do tradicional trabalho em fuxico.
A Boutique Social e a Feira Municipal de Economia Solidária mudaram a vida da produtora. “Antes a gente só conseguia vender para a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) ou para quem fosse na minha casa. Com isso eu perdia muita fruta que acabava estragando, agora com a Economia Solidária eu posso vender na boutique de quinta e de sexta na feira, isso ajuda muito”, explica.
Dona Maria Bethânia avalia a iniciativa da prefeitura em implantar o programa na cidade. “A gente sabe que não vai enriquecer da noite para o dia, mas as vendas estão melhorando graças ao suporte da prefeitura, a equipe toda aqui do Centro Solidário e da Secretaria de Assistência trata a gente muito bem, nos sentimos abraçados, como se fossemos uma família”, revela.
O passado difícil vai ficando cada vez mais distante e os preconceitos enfrentados também vão caindo. “Era bem difícil no passado. Tinha muito preconceito por sermos do MST, as pessoas acham que ninguém trabalha lá, que é tudo folgado, mas a gente trabalha, tem tanta produção, isso chateava, mas graças a Deus ficou no passado”, finaliza.
Alegria em trabalhar
Severino do Espírito Santo é mais um dos produtores que fazem parte da Economia Solidária. Natural de União dos Palmares (AL), chegou em Franco há 30 anos, mas diferentemente da amiga, a vida no campo esteve presente desde sempre na vida do agricultor. “Desde criança eu trabalho na roça. Com dez anos eu saia com a minha mãe e a gente ia cortar cana, plantar cana”, explica.
Em sua terra no Assentamento, além de plantar mandioca, batata-doce, banana, manga e jaca, Severino também é apicultor e o mel natural está entre um de seus principais produtos. O trabalho todo é desenvolvido com o apoio da esposa Maria Inácia dos Santos que o acompanha na roça.
O apoio recebido também mudou a vida do casal. “A situação melhorou bastante desde que a gente começou aqui. Além de conseguir vender nossos produtos, somos muito bem recebidos aqui (Boutique Social), agora a gente trabalha com bastante alegria”, afirma.
A felicidade, aliás, é algo que Severino e Maria carregam para o ambiente de trabalho e é um dos segredos do sucesso dos produtores que tiram o sustento da comercialização de seus produtos. “A alegria é a melhor coisa do mundo, né? A gente está sempre feliz, não podemos ficar tristes, a gente tem que carregar isso no peito sempre, agindo assim a

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