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sábado, 28 setembro, 2024

Editorial: Deputados, façam greve!

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Todo mundo está questionando os porquês da Polícia do Espírito Santo fazer greve. Certa ou errada, a Polícia capixaba conseguiu chamar a atenção para um problema que é do Brasil inteiro, a ponto de outros estados também terem suas polícias pensando fazer o mesmo. O problema não é a Polícia em si, mas a falta que ela faz num contexto como o nosso.
Com praticamente todos os cidadãos desarmados por causa do estúpido Estatuto do Desarmamento, qualquer ladrão tem tranquilidade e certeza suficientes para praticar seus crimes – não há Polícia para reprimi-lo, nem gente armada para reagir. Ficou fácil demais.
E em situações do tipo, aparecem políticos de todas as tribos (sim, eles são primitivos, pelo menos na mentalidade) para apontarem soluções milagrosas. Esses políticos – deputados federais, estaduais e senadores – deveriam ficar quietos. São os últimos com direito à palavra, uma vez que nada fazem de prático. Sabem somente sugar, tal qual parasitas, o sangue do cidadão.
Todos, sem exceção, recebem salários altos, têm mordomias como seguranças, assessores, carros com motorista e todas as despesas pagas. Nem cogitam em abrir mão de alguns privilégios para que o dinheiro seja usado para dar aumentos de salários para policiais ou aposentados. Nem mais condições à própria Polícia.
Até outro dia, por exemplo, a PM paulista circulava com carrinhos populares de terceira categoria. Agora já aparecem algumas Hilux, alguns Dusters. E só. O armamento novo que foi entregue aos PMs paulistas veio da Taurus e não serve nem pra caçar passarinho. São armas mal feitas, que engasgam nem inspiram confiança.
Mas deputados e senadores contam com o que há de melhor. Carros novíssimos, seguranças armados com pistolas Glock, e principalmente, dinheiro à vontade. Um ou outro apresenta proposta voltada a melhorar as condições dos policiais – normalmente ex-policiais, eleitos pela corporação. Os demais se fazem de surdos.
A sugestão de boa parte da população é inverter tudo isso. Parar de pagar esses parasitas inúteis e destinar o dinheiro de salários e mordomias para dar mais condições à Polícia. Resolve-se dois problemas: o primeiro é que os policiais terão mais incentivo para trabalhar; o segundo é que provavelmente os deputados façam greve.
Podem fazer greve por semanas, meses, anos seguidos. Ninguém vai notar. E deputados em greve são outra vantagem: deixarão de produzir as asneiras que normalmente apresentam (quando trabalham) na Câmara e nas assembléias. Deixarão de propor novas normas idiotas para regular a vida do cidadão. Egoístas como são, terão toda a burrice só para si.
Só para se ter idéia das asneiras: um deputado paulista, Marcelo Aguiar, por exemplo, apresentou projeto proibindo a masturbação em todo o Brasil. Outro quer declarar que o vento seja patrimônio do governo; outro, que o homem peça indenização em caso de violação de deveres conjugais – ou seja, se for traído. E teve deputado com projeto para obrigar a Aeronáutica contar tudo o que sabe sobre extraterrestres. Coisa de louco.
A greve da Polícia é uma coisa; a idiotice dos deputados é outra. Mas a greve capixaba despertou o assunto. Polícia serve pra alguma coisa, pelo menos. E deputado, serve pra que? Para sangrar mais ainda o erário; para mentir ao eleitor; para aproveitar o cargo para suas negociatas; para criar absurdos que nada ajudam na vida do cidadão.
Fica o apelo. Que os senhores deputados e senadores façam greve. Tenham certeza que será a greve com maior número de apoiadores da história do mundo.

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