As análises dos custos de produção indicam que os componentes de maior peso no cultivo de feijão no Brasil são os fertilizantes, agrotóxicos, operações com máquinas e sementes, que variam de acordo com o estado produtor analisado. Em Goiás, a soma desses itens representam 74,41% dos custos totais. Já em Minas Gerais, chega a 68,12%, no Paraná 55,95% e em São Paulo 67,53% (convencional) e 60,91% (irrigado).
Os dados são do Compêndio de Estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que, nesta edição, traz a evolução dos custos para produzir o grão no Brasil e sua rentabilidade, com análises das safras 2010/11 até 2015/16. O estudo demonstra ainda a necessidade de serem criados meios para melhorar as condições de comercialização do produto, buscando equilibrar as necessidades do cultivo ao consumo.
De acordo com o Compêndio, que avalia também a rentabilidade do produtor de feijão a partir dos custos e dos preços recebidos na sua comercialização, os estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo são responsáveis, em média, por 56% da produção nacional. Nesses locais, verificou-se que os custos operacionais aumentaram em termos reais em todas as regiões analisadas.