A Mancha Alvi Verde, a principal torcida organizada do Palmeiras, está banida de todos os estádios do estado de São Paulo por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada pela Federação Paulista de Futebol nesta quarta-feira (30), que acatou a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo.
“A Federação Paulista de Futebol (FPF) informa que atenderá integralmente à recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo, proibindo a entrada, nos estádios de futebol do estado, de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados da torcida organizada ‘Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde’, a partir desta data”, anunciou a entidade.
Essa decisão foi tomada após uma emboscada envolvendo torcedores da Mancha Verde e integrantes da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, que resultou em pelo menos 17 feridos e um morto no último domingo (27).
Os ataques ocorreram no KM 65 da rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), interior de São Paulo, enquanto os torcedores do Cruzeiro retornavam de Curitiba em direção a Belo Horizonte, após o jogo entre Cruzeiro e Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro.
Ataque a ônibus da Máfia Azul
Uma emboscada envolvendo torcedores da Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras, e da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, resultou em pelo menos 17 feridos e um morto no último domingo (27). O incidente ocorreu no KM 65 da rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o confronto começou por volta das 5h da manhã, quando torcedores da Mancha Verde bloquearam a rodovia para interceptar o ônibus da torcida do Cruzeiro, que retornava de Curitiba após o jogo contra o Athletico-PR.
A PRF informou que mais de 100 membros de ambas as torcidas estavam envolvidos no confronto. Imagens que circulam nas redes sociais mostram torcedores da Máfia Azul caídos no acostamento da rodovia, enquanto integrantes da torcida do Palmeiras gritavam “É a Mancha! É a Mancha!”.
Um torcedor do Cruzeiro, identificado como José Victor dos Santos Miranda, de 30 anos e membro da Máfia Azul de Sete Lagoas, faleceu carbonizado durante o ataque. O Cruzeiro expressou suas condolências nas redes sociais e se posicionou contra a violência no futebol.
Em nota, o clube paulista, que atualmente não mantém relações com a organizada, condenou os eventos e pediu punições para os responsáveis pelas cenas de violência registradas na rodovia.
Essa emboscada foi considerada uma retaliação a um confronto anterior em Carmópolis de Minas, a 107 km de Belo Horizonte, onde vários torcedores do Palmeiras ficaram feridos. Vale lembrar que, em 2022, as torcidas já haviam se enfrentado na mesma rodovia.