O Rio Pinheiros, que atravessa a capital de São Paulo, exibe uma tonalidade esverdeada que tem despertado a atenção de quem circula pelas regiões sul e oeste da cidade.
A mudança na coloração foi percebida ainda no domingo (8) por ciclistas que pedalavam ao longo das margens do Rio Pinheiros. No entanto, o assunto ganhou destaque nas conversas entre os paulistanos na manhã de segunda-feira (9), impulsionado pelo grande fluxo de pessoas que frequentam a área em dias úteis, devido à presença de diversos prédios comerciais na região.
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), a seca foi intensificada por uma prolongada estiagem, resultando em uma redução significativa no volume de água dos afluentes que abastecem o Rio Pinheiros.
Com a baixa vazão na calha principal, o ambiente se torna propício à proliferação de algas, fator que justifica a coloração esverdeada do rio.
Em comunicado, a CETESB informou que “permanece em estado de alerta durante este período crítico e segue monitorando as condições de qualidade dos rios e represas” em todo o estado de São Paulo.
As represas
Segundo a Sabesp, a companhia de abastecimento de São Paulo, todos os mananciais que abastecem a região metropolitana estão operando com volumes abaixo da média histórica. O Sistema Cantareira, um dos principais, registrou 55,7% de sua capacidade nesta segunda-feira.
Os mananciais com os níveis mais baixos são a represa do Rio Claro, com apenas 27,1% de seu volume, e a Guarapiranga, que opera com 41,5% de sua capacidade.
No total, os mananciais responsáveis pelo abastecimento da região metropolitana estão operando com 53,5% de sua capacidade.