A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações, no contexto de uma investigação sobre a alegada falsificação de certificados de vacinação contra a covid-19.
O indiciamento pela Polícia Federal indica que o processo agora será encaminhado para o Ministério Público Federal, que terá a responsabilidade de decidir se apresenta uma denúncia à Justiça ou se arquiva a investigação.
O tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciados pelos crimes mencionados. Cid enfrenta acusações de uso indevido de documento falso, enquanto o deputado Reis, além dos mesmos crimes que Bolsonaro, é citado por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações.
As penalidades para esses crimes variam, com associação criminosa acarretando uma sentença de um a três anos, enquanto a inserção de dados falsos em sistema de informações pode resultar em uma punição de dois a 12 anos.
Após a divulgação das acusações, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, lamentou a exposição da informação, mas se absteve de comentar sobre o conteúdo do indiciamento. Enquanto isso, Washington Reis, irmão de Gutemberg Reis e atual secretário de Transportes do RJ, além de presidente estadual do MDB-RJ, defendeu o deputado, argumentando que ele não estava envolvido com o assunto das vacinas, afirmando que as investigações são politicamente motivadas e que não será provado nada contra Gutemberg Reis.