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terça-feira, 8 outubro, 2024

Editorial: Onde estão os investimentos?

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Há uma grita geral no comércio sobre a falta de clientes, e consequentemente a falta de vendas. Isso tem explicação. Até há pouco não havia nada em termos de segurança econômica, o governo capengava entre um e outro escândalo e nada parecia ser levado a sério.
Prudentes, a indústria e o comércio desaceleraram o ritmo, e o que se notou foi uma crise generalizada. Uma bola de neve: a indústria não produzia, o comércio não vendia, o desemprego aumentou, o consumo em geral caiu.
Mas agora há reação da economia. Uma reação e tanto. Só numa visita à China, o presidente Michel Temer conseguiu promessa de investimentos de 239 bilhões de dólares. É dinheiro que não acaba mais. Sua ida aos Estados Unidos é marcada por reuniões com investidores. É o caminho certo.
Mas nota-se por aqui alguma resistência, principalmente no comércio. Pouquíssimas são as lojas que anunciam seus produtos, o que evidencia a falta de confiança e de ousadia dos comerciantes. O que não é anunciado não é visto nem lembrado. É a teoria da vitrine – o que está exposto sempre vende mais.
Outros lojistas são atraídos por preços ínfimos de revistinhas e outros meios, como carros de som, acreditando que assim resolvem seus problemas. Ledo engano. Um real mal gasto é prejuízo – muitos reais bem gastos significam investimento. E investimento sempre tem retorno.
Há ainda os que acreditam em rádios piratas, mal levando em conta que, associando seu negócio a uma atividade ilegal podem ser acusados de favorecimento do crime. E há ainda os que usam panfletos mal feitos, mal planejados, para expor todo seu mau gosto à clientela.
Publicidade hoje é coisa séria, bem diferente do tempo em que era chamada de reclame ou propaganda. Tudo precisa ser estudado, planejado. Precisa se conhecer o produto e o público a ele destinado. É preciso aproveitar a ocasião, a oportunidade. Coisa que não acontece em fundos de quintais ou na cabeça dos picaretas.
Exemplo de criatividade e oportunidade: nos anos 1970, quando o presidente americano Richard Nixon foi obrigado a renunciar, o lugar foi ocupado pelo vice, Gerald Ford. No dia seguinte uma concessionária paulistana publicou anúncio de página inteira nos principais jornais com uma única frase: Faça como os americanos. Troque por um Ford.
É essa a diferença entre publicidade e reclame. No caso deste exemplo, foram ousadas a concessionária e a agência que criou o anúncio. O resultado foi muito, mas muito mesmo, acima do esperado.
Somados esses fatores, comércio que não começar a reação fica para trás. E reação começa mostrando o que tem a oferecer. Sentar e esperar que o cliente descubra que o preço está bom, que pode ser pago em prestações, ou até que existe determinado produto é o mesmo que descobrir petróleo no fundo do quintal e guardar segredo. Enfim…

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