Nesta terça-feira (5), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal deu o aval para o encaminhamento de um montante de US$ 40 milhões em crédito externo, com respaldo da União, destinado ao município de Maceió, situado em Alagoas.
Há uma semana, a cidade enfrenta iminente risco de colapso, com o solo ameaçando afundar em determinadas áreas devido à acomodação das minas subterrâneas de sal-gema da petroquímica Braskem.
Na última segunda-feira (4), o governo federal encaminhou ao Congresso um pedido de aprovação de crédito. Os recursos buscados têm como destino uma operação que visa estabilizar a situação, estendendo-se entre Maceió e o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).
No âmbito do Senado, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) desempenhou o papel de relator para o pedido de recursos, apresentando um parecer favorável à aprovação do crédito. Atualmente, a matéria aguarda análise pelo plenário da Casa.
Um colapso em Maceió
Nos últimos sete dias, o Brasil tem sido testemunha do drama que se desenrola em Maceió, com o iminente risco de afundamento do solo devido à acomodação das minas subterrâneas de sal-gema operadas pela petroquímica Braskem.
O alerta máximo foi acionado para a mina número 18 em 29 de novembro, e desde então, as autoridades locais em Alagoas têm permanecido em estado de alerta constante, monitorando de perto a possibilidade de um colapso.
No domingo (3), a sensação de urgência diminuiu ligeiramente com relatos de uma redução na velocidade de afundamento da mina e uma aparente estabilização do terreno. Depois de afundar a velocidades que alcançaram vários centímetros por hora, a mina 18 encerrou o fim de semana cedendo apenas 0,3 cm por hora, totalizando um acumulado de 1,70 metros.
Apesar da melhora na velocidade de afundamento, a situação ainda não foi completamente resolvida, e a Defesa Civil de Maceió permanece em alerta máximo, recomendando enfaticamente que ninguém se aproxime da área adjacente à mina. Durante a última semana, centenas de moradores foram evacuados às pressas de regiões consideradas de alto risco. A cautela continua sendo uma prioridade diante da incerteza em torno da estabilidade do terreno.