Uma semana após o apagão que afetou mais de 2 milhões de pessoas em São Paulo, a Enel anunciou hoje que conseguiu restabelecer completamente o fornecimento de energia elétrica para todos os clientes afetados. A interrupção do serviço ocorreu devido a uma forte tempestade, com rajadas de ventos superiores a 100 km/h, que atingiu o Estado. A concessionária também informou estar lidando com ocorrências específicas que surgiram nos dias seguintes à tempestade.
O presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, emitiu um pedido de desculpas, reconhecendo os transtornos causados pela demora no restabelecimento da energia. Ele expressou solidariedade a todos que foram impactados pela falta de luz e destacou que a energia é um bem essencial à sociedade.
Em comunicado, o executivo explicou que a força dos ventos causou danos severos à rede de distribuição, com centenas de postes quebrados, transformadores derrubados e cabos elétricos rompidos. A reconstrução de 140 quilômetros de rede foi necessária para restabelecer totalmente o serviço. Max Xavier Lins se comprometeu a intensificar as ações preventivas para mitigar os impactos de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.
A Enel havia estabelecido anteriormente que o fornecimento de energia seria completamente restabelecido na capital paulista até a terça-feira, 7, mas não conseguiu cumprir o prazo. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou sua intenção de processar a distribuidora pela falta de energia e acionou o Procon e a Aneel para cobrar punições à Enel, citando “negligência” por parte da empresa. A Prefeitura de São Paulo ingressou com uma ação na Justiça exigindo o religamento imediato da energia, aplicação de multa, remoção ágil de árvores que caíram e estão interferindo na fiação elétrica, além da apresentação de um plano de contingência em cinco dias.