Teve início nesta terça-feira (7) o In-Edit Brasil, festival internacional do documentário musical, que exibe na tela do Teatro do Sesc Jundiaí, homenagens e histórias de grandes artistas e movimentos da música em duas sessões diárias, às 19h e às 20h30. A programação é gratuita e com retirada de ingressos 1h antes, na Loja Sesc.
Realizado anualmente em São Paulo, em Jundiaí, o festival prossegue até esta sexta-feira (10). O In-Edit surgiu em Barcelona, em 2002. Com o tempo, versões locais do festival começaram a ser realizadas em cidades como Santiago do Chile, Buenos Aires e Puebla. Em 2009, foi realizada a primeira edição do In-Edit Brasil, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.
Programação
Quarta (8)
-Belchior – Apenas um Coração Selvagem (Brasil, 2022) – 19h
De Natália Dias e Camilo Cavalcanti, com Silvero Pereira, Documentário, 90 min
Belchior foi um dos artistas mais singulares e misteriosos do cenário brasileiro. Surgido nos anos 1970, duas características emergiam em sua obra: as letras ferinas e um latente sentimento de desajuste aos padrões da sociedade. Com diversas imagens de arquivo e depoimentos dados ao longo de sua carreira, temos o próprio Belchior falando sobre sua trajetória e refletindo sobre arte e aspectos mundanos, como o sucesso, a fama e seus percalços
-Manguebit (Brasil, 2022) – 20h30
De Jura Capela, 101 min, Documentário, 101 min, Cor, Livre.
O mangue beat, movimento musical e estético que nasceu em Pernambuco nos anos 90, mudou a visibilidade das periferias e das manifestações culturais da região metropolitana de Recife e colocou o estado na rota do mercado musical mundial, após o lançamento de bandas como Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S.A.0
O mangue beat, movimento musical e estético que nasceu em Pernambuco nos anos 90, mudou a visibilidade das periferias e das manifestações culturais da região metropolitana de Recife e colocou o estado na rota do mercado musical mundial, após o lançamento de bandas como Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S.A.
O filme MANGUEBIT experimenta a liberdade do pensar do mangue por meio de uma linguagem multifacetada, que reúne ideias e ideais, refletindo a ousadia que deu vazão ao grande símbolo do movimento: uma antena parabólica enfiada na lama dos estuários.
Quinta (9)
-Camine Street Guitars (Canadá, 2018) – 19h
Ron Mann, 80 min, Documentário, 80 min, Cor
Esta é uma linda homenagem a Rick Kelly, luthier que, com madeira de prédios demolidos em NY, fez guitarras para Lou Reed, Patti Smith, Bob Dylan e qualquer um que quisesse tocar “um pedaço da cidade”. O filme acompanha uma semana em sua loja/oficina em Greenwich Village, onde trabalha com sua mãe, que cuida das contas, e uma aprendiz espirituosa. Neste tempo, um impressionante elenco de artistas passou por ali: Jim Jarmusch, Lenny Kaye, Bill Frisell, “Captain” Kirk Douglas (The Roots), Nels Cline (Wilco), entre outros, para conversar, falar de guitarras e da vida em geral.
-Rudeboy: The Story of Trojan Records (Jamaica/Reino Unido, 2018) – 20h30
Nicolas Jack Davies, 86 min, Documentário, Cor
O mítico selo Trojan Records colocou a Jamaica no mapa do mundo da música. Entre o documentário e a recriação cinematográfica, “Rudeboy” é a história do mais famoso selo discográfico de música jamaicana de todos os tempos – e também do idílio entre a classe trabalhadora britânica e os ritmos surgidos nos guetos de Kingston, em Londres.
Sexta (10)
-La Danza de Los Mirlos (Peru, 2022) – 19h
Álvaro Luque, Documentário, 84 min, Cor, Livre
Se existe uma banda que definiu o som da cumbia amazônica e se tornou uma referência para milhões de pessoas no mundo inteiro, certamente é Los Mirlos. Formada em Moyobamba (Peru) no início dos anos 1970, hoje sua música é celebrada nas pistas de dança do mundo inteiro, rebatizada de cumbia psicodélica graças ao timbre de suas guitarras.
Aqui, Jorge Rodríguez Grández – voz principal e guitarrista – nos conta a trajetória do grupo, mostra gravações históricas tiradas de seu enorme arquivo pessoal e nos revela detalhes de um tempo que entrou para o imaginário coletivo.
-Sonic Fantasy (Espanha/Estados Unidos, 2022) – 20h30
Marcos Cabotá, 95 min
Essa é a história da gravação de “Thriller” de Michael Jackson, um álbum que mudou não só a história da música pop mas criou um novo padrão de produção na indústria musical. Contada por Bruce Swedien, técnico de som e braço direito de Quincy Jones naqueles tempos, o documentário revela as alegrias e dificuldades de todo o processo de gravação.
Quando Michael, Quincy e Bruce entraram no estúdio para gravar o que seria a sequência do aclamado disco “Off The Wall” a pressão era enorme. A gravadora exigia um sucesso imediato para frear a queda de vendas de seus discos e consequentemente de seus lucros. “Sonic Fantasy” nos leva do vazio criativo ao lançamento do disco mais vendido de todos os tempos.