A exposição “Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita”, inaugurada no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão em maio deste ano, já atraiu mais de 178 mil visitantes. O sucesso de público foi tão expressivo que o prazo de exibição da exposição foi prorrogado em agosto. No entanto, para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de visitá-la, o tempo está se esgotando, já que a exposição permanecerá aberta somente até este domingo, 29 de outubro, com entrada gratuita.
Paulo Vicentini, diretor do Departamento de Museus da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), expressou sua gratidão aos educadores que contribuíram para o êxito da exposição. Ele mencionou que aproximadamente 830 professores desempenharam um papel fundamental, trazendo cerca de seis mil estudantes para a exposição.
Além disso, mais de 172 mil visitantes compareceram ao evento, totalizando um público de mais de 178 mil visitantes, excluindo as visitas aos jardins do museu. Vicentini destacou a importância desse feito, especialmente nas redes estadual e privada de ensino, considerando a faixa etária dos visitantes.
Um dos visitantes que assegurou sua visita durante a reta final da exposição foi o professor de História, Luís Eduardo Franco, residente na Vila Aparecida. Ele expressou sua surpresa ao encontrar a exposição ainda em exibição e manifestou seu desejo de trazer seus alunos para vivenciar essa importante experiência. Franco leciona na rede pública municipal da capital e em uma escola de Ensino Médio da rede estadual em Jundiaí.
Luís Eduardo fez a visita ao museu acompanhado de suas filhas, Rachel e Marina, ambas com 12 anos de idade. Rachel compartilhou suas impressões, mencionando que sua última visita ao museu ocorreu quando ela tinha apenas dez anos, e naquela ocasião, ela visitou a exposição de presépios e brincou nos jardins.
No entanto, desta vez, a experiência foi diferente. Ela expressou surpresa e admiração pelo impacto da exposição sobre o Holocausto, afirmando que não tinha ideia de que essa tragédia havia causado tanto sofrimento. Rachel destacou a importância de exposições como essa, que retratam o sofrimento enfrentado pelo povo judeu e por tantos outros.
Marina, por sua vez, ressaltou a importância de fazer a visita na companhia de um professor de História. Ela mencionou que já tinha ouvido falar sobre o Holocausto na escola, leu o diário ilustrado da história de Anne Frank e assistiu ao filme “O Menino do Pijama Listrado”. Porém, a visita ao museu proporcionou uma perspectiva diferente e mais impactante. Marina também comentou sobre o preconceito e como algumas pessoas ainda brincam com questões sensíveis.
A exposição, montada pelo Departamento de Museus da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), apresenta fotos, documentos, mapas, textos e depoimentos. Além disso, conta com parcerias importantes, incluindo o Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e o Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo, que contribuíram com instalações como “Shoá: como foi humanamente possível?” e “Os justos entre as nações da Lituânia” para enriquecer a experiência dos visitantes.
A visitação está liberada para maiores de 12 anos. Crianças com menos de 12 anos poderão fazer a visita somente se acompanhadas de adultos responsáveis. O Museu fica na rua Barão de Jundiaí, 762 – Centro, e, juntamente com seus famosos jardins, fica aberto de terça-feira a domingo, inclusive feriados e emendas, das 10h às 17h.
Após o encerramento da exposição, o Museu ficará fechado para desmontagem, manutenção geral e montagem da tradicional exposição de presépios, a ser aberta ao público em dezembro. Mais informações pelo telefone (11) 4521-6259.
