A Justiça de São Paulo determinou, nesta segunda-feira (4), que a Secretaria Estadual de Educação suspendesse a liberação do material didático digital após terem sido, após terem sido detectados erros no conteúdo.
A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, em liminar, estabelece o prazo de 48 horas para que os slides com erros de informação, que fazem parte do material 100% digital, sejam retirados do ar “até que sejam corretamente revisados, e sigam os padrões estabelecidos pelo Ministério da Educação”.
A juiza estabeleceu ainda uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da medida que acatou a ação popular proposta pela deputada professora Bebel (PT).
Em nota, a pasta informou que “não foi notificada sobre a decisão judicial mencionada, mas reforça que todas as incorreções apontadas já foram sanadas, os materiais utilizados em sala de aula já foram substituídos e nenhuma escola do Estado segue com material didático que contenha as falhas identificadas”.
Na última semana, professores da rede estadual de ensino afirmaram que o material didático digital feito pela Secretaria e enviado a docentes e estudantes do estado de São Paulo para ser aplicado nas salas de aula no ensino fundamental contém erros grotescos em diferentes disciplinas, como: história, biologia e matemática.
Ainda em nota, a pasta, comandada por Renato Feder, informou à reportagem que
afastou os servidores responsáveis pelos graves erros didáticos no material digital produzido pela pasta e que o conteúdo, que é editável, foi atualizado e retificado.
Um dos erros consta no conteúdo de história para estudantes do 9º ano do ensino fundamental, nos slides sobre o governo Jânio Quadros para o terceiro bimestre.
“A proibição do uso de biquínis foi adotada por Jânio Quadros em 1961, quando ele era prefeito de São Paulo. Ele emitiu um decreto vetando o uso de biquínis nas praias da cidade. A justificativa de Quadros era que o traje de banho seria uma afronta à moral e aos bons costumes. Esse impedimento também causou grande repercussão na época e gerou protestos de mulheres”, diz o texto.
Jânio realmente proibiu o biquíni, mas a medida foi tomada quando ele era presidente, com foco nas praias do país, não da capital paulista.