Um novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, divulgado nesta quinta-feira (13), revela que o Brasil ainda enfrenta obstáculos na prevenção e no tratamento. O país, que tem 900 mil infectados, cumpre apenas uma das três metas para acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2030, chamadas de “95-95-95”.
Os números representam os países em que 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico; 95% sabem que vivem com HIV e estão em tratamento antirretroviral que salva vidas; e 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida.
No caso brasileiro, foram atingidas, respectivamente, 88-83-95, ou seja, apenas metade dos pacientes com carga viral suprimida foi atingida. “O país ainda enfrenta obstáculos, causados especialmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham pleno acesso aos recursos de prevenção e tratamento do HIV”, declarou o relatório da Unaids. Em 2022, o Brasil registrou 51 mil novas infecções pelo HIV e 13 mil óbitos em decorrência da Aids.
Segundo o relatório, países como Botsuana, Essuatíni, Ruanda, República Unida da Tanzânia e Zimbábue já alcançaram as metas “95-95-95”. Outros 16 países, oito dos quais na África subsaariana, região que representa 65% de todas as pessoas vivendo com HIV, também estão próximos de alcançar essas metas.
A publicação também revela que, em 2022, a cada minuto, uma pessoa morre em decorrência da Aids. Em todo o mundo, 39 milhões de pessoas vivem com o HIV, mas cerca de 9,2 milhões ainda não têm acesso ao tratamento, incluindo 660 mil crianças vivendo com HIV.