Em análise, a Proteste sugere que oito marcas sejam retiradas do mercado por fraude contra o consumidor
Em teste de qualidade realizado novamente pela Proteste, oito marcas de azeite extra virgem foram reprovadas por fraude contra o consumidor, ou classificação diferente da indicada no rótulo. Dos 20 produtos testados quatro foram eliminados e outros quatro não são indicados para compra. A Proteste pediu a retirada dos produtos do mercado.
Em quatro marcas analisadas – Figueira da Foz, Tradição, Quinta d`Aldeia (reincidentes) e Pramesa – a análise em laboratório comprovou adulteração do produto, com adição de outros óleos vegetais, o que não é permitido por lei. Isso significa que esses azeites não tinham apenas a gordura proveniente da azeitona – o que os classifica como extra virgens – e coloca em risco uma das propriedades primordiais do azeite, que é favorecer a saúde.
Nas outras quatro marcas – Qualitá, Beirão, Carrefour Discount e Filippo Berio – embora tragam a palavra extra virgem na embalagem, a análise apontou que eles eram apenas virgens. Isso significa que, na hora da compra, o consumidor paga mais caro por um extra virgem, mas leva um produto diferente para casa.
Apesar desses problemas, cinco marcas que haviam sido avaliadas como virgens no teste de 2013, agora apresentam um azeite de fato extra virgem: La Española, Carbonell, Serrata, Gallo e Borges. O produto mais bem avaliado no novo teste, segundo a Proteste, foi o Cocinero, indicado como autêntico azeite extra virgem, que apresentou excelente qualidade, apesar de sua embalagem de plástico (garrafas de vidro escuro tendem a conservar melhor o alimento). Além disso, obteve o melhor custo-benefício entre os produtos analisados. Entretanto, o produto ainda precisa de adequações no rótulo, uma vez que não informa a data de envase.